O conteúdo desta matéria é exclusivo para os assinantes.

Convidamos você a assinar a FOLHA: assim, você terá acesso ilimitado ao site. E ainda pode receber as edições impressas semanais!

Já sou assinante!

― Publicidade ―

Sede da agência do BB em Ponte Nova vai a leilão em 25/6

Como esta FOLHA apurou, o leilão - com R$ 4,4 milhões de lance inicial - ocorrerá às 15h. A agência deve mudar-se para o bairro Guarapiranga
InícioCIDADEJoão Bosco repudia nome de operação da Polícia Federal fazendo alusão à...

João Bosco repudia nome de operação da Polícia Federal fazendo alusão à sua música

O cantor e compositor pontenovense João Bosco Mucci, atualmente residente no Rio de Janeiro/RJ, divulgou, em 7/12, nota de repúdio ao uso, sem autorização, de sua música para nomear operação da Polícia Federal. 
 
A ação policial, batizada de “Esperança Equilibrista” faz referência à canção “O Bêbado e a Equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc e foi um clássico hino contra a ditadura. A operação, deflagrada em 6/12, conduziu gestores da Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG em investigação de desvios em obra de memorial. A ação mira desvios de recursos públicos, na UFMG, para implantação do “Memorial da Anistia Política do Brasil”.
 
 
Em nota, a Controladoria-Geral da União informou que foram apurados, até o momento, desvios de mais de R$ 3,8 milhões de recursos vinculados ao Projeto do Memorial. Além disso, na execução e na prestação de contas da iniciativa, foram verificadas irregularidades como: falsificação de documentos, pagamento de estágio a pessoas sem vínculo estudantil e desvio de valores para outras contas estranhas ao projeto, além de gastos não relacionados ao objeto da obra.
 
A UFMG afirmou que “torna público que contribuirá, como é sua tradição, para a correta, rápida e efetiva apuração do caso específico”.
 
O bispo e reitor da PUC Minas, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, lamentou igualmente o ocorrido. Ele, que também é pontenovense e irmão do prefeito Wagner Mol/PSB, destacou que tais ações devem respeitar a dignidade e os direitos individuais, fazendo ainda um apelo para que as autoridades "não cedam à tentação da espetacularização midiática, que pode, por antecipação, condenar e punir cidadão de bem".
 
 
Leia a íntegra da nota que João Bosco divulgou nas redes sociais:
 
“Recebi com indignação a notícia de que a Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores desta Universidade. A ação faz parte da investigação da construção do Memorial da Anistia.
Como vem-se tornando regra no Brasil, além da coerção desnecessária (ao que consta, não houve pedido prévio cuja desobediência justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao próprio processo e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princípios elementares do devido processo legal.
É uma violência à cidadania. Isso seria motivo suficiente para minha indignação.
Mas a operação da PF me toca de modo mais direto, pois foi batizada de 'Esperança Equilibrista', em alusão à canção que Aldir Blanc e eu fizemos em honra a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira. Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático.
Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental.
Resta ainda um ponto. Há indícios que me levam a ver nessas medidas violentas um ato de ataque à universidade pública.
Isso, num momento em que a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Estado onde moro, definha por conta de crimes cometidos por gestores públicos e o ensino superior gratuito sofre ataques de grandes instituições (alinhadas a uma visão mais plutocrata do que democrática).
Fica aqui, portanto, também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É esta a esperança equilibrista que tem que continuar.”
 

 

error: Conteúdo Protegido