Laís Gonçalves Brasil – Médica especialista em Clínica Médica e Endocrinologia (CRM MG 68.763 – RQE 48.367)
Somos um pouco mais que 52,2% da população brasileira (IBGE, 2019): cerca de 109,4 milhões de mulheres brasileiras e, com um olhar ativo, porém cansado, vivemos os últimos anos com um sorriso no rosto escondido atrás da máscara.
Em 2020 trabalhei na linha de frente de enfrentamento da Covid-19 e ainda continuo no mesmo trilho, me tornei uma das mulheres da pandemia.
Aprendi atitudes profissionais que não imaginava em tão pouco tempo de experiência.
Ganhei conhecimento, busquei informação correta e repassei ao número máximo de pessoas a realidade dos fatos.
Cuidei de muitos doentes e seus familiares, dia após dia, passando para eles algum conforto e tranquilidade diante das dificuldades.
Aprendi que podemos ser uma verdadeira fortaleza, revestida de acolhimento, atenção e carinho, e este foi um aprendizado que pretendo aprimorar e levar por toda a minha vida e a dos meus descendentes.
Diante das dificuldades enfrentadas por nós, mulheres, na vida, no trabalho, na família e na sociedade, a transformação vivenciada nos últimos dois anos é capaz de mostrar o quanto nós, mulheres, somos muralhas.
Somos fortes e nos tornamos gigantes diante das pesquisas das vacinas, dos atendimentos médicos, dos cuidados com a família e da educação das crianças.
E que essa fortaleza persista na inserção das mulheres na sociedade com potencial para seguir na luta pelos nossos direitos e participação social no mundo.
Texto publicado nesta FOLHA na edição – de 11/3 – alusiva ao Dia Internacional da Mulher.