
Vinte e um anos de reclusão no regime fechado. Esta foi a sentença do juiz Felipe Vieira Rodrigues, da 2ª Vara Criminal/Ponte Nova, imposta a Fernando Antônio Vieira Martins (foto da época) pelo assassinato – com sete golpes de faca – de seu pai, Marcelo Vieira Martins, num crime ocorrido em 26/5/2011. O réu aguardou o julgamento em liberdade e nesta condição pode recorrer perante o Tribunal de Justiça.
A culpabilidade de Fernando (hoje com 31 anos) foi atestada em 28/6/2022 pelo Conselho de Sentença do Juizado Criminal. Como esta FOLHA divulgou na época do assassinato, Marcelo, 53, foi morto enquanto dormia na casa-sede do Sítio Alto das Três Cruzes/Guaraciaba.
“O motivo do crime foi fútil, conforme reconheceram os jurados, sendo que tal circunstância está sendo utilizada para a tipificação derivada da conduta – homicídio qualificado -, o que não repercute novamente na fixação da pena. Nas circunstâncias do crime, anoto que o crime fora cometido na presença da filha da vítima então com sete anos”, salientou o magistrado.
Quando depôs na Polícia Civil, na semana seguinte ao crime, Fernando (preso em flagrante pela PM) alegou que chamou o pai para “comer uma pizza” em Ponte Nova e ele não quis. O rapaz teria insistido e recebido então um soco no rosto. “Não revidei e fui para o meu quarto. Aí eu fiquei pensando na minha infância e no quanto fui maltratado por meu pai quando ele estava drogado”, declarou Fernando para justificar o assassinato.
Na semana do crime, familiares informaram a esta FOLHA que Fernando usava “remédio controlado” indicado por psiquiatra de Caratinga (onde teria sido preso por uso de tóxicos) e em 26/5/2011 teria usado maconha comprada no distrito de Vau-Açu/Ponte Nova.
Ainda havia a suspeita de que ele cometeu o homicídio para se apossar da quantia de R$ 7 mil mantida pelo pai em casa.