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InícioCIDADEMinas registra quase 30 acidentes com caminhões por dia

Minas registra quase 30 acidentes com caminhões por dia



Tragédia com caminhão-tanque em Leopoldina chama a atenção para o risco crescente associado ao transporte de cargas no Estado, que teve quase 30 acidentes diários envolvendo caminhões e carretas apenas no primeiro semestre, como mostra reportagem do jornal Estado de Minas desta semana.

Minas Gerais tem 29 acidentes envolvendo caminhões e carretas por dia nas BRs que cortam seu território, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Dados de janeiro a junho mostram que houve 5.272 desastres, com 87 mortes no período – quase uma a cada dois dias. Embora alarmantes, as estatísticas dos pesos-pesados ainda não contabilizam as vítimas da tragédia de Leopoldina, na Zona da Mata, onde uma carreta-bitrem que transportava combustível se envolveu numa batida e explodiu na BR-116, na madrugada dessa segunda-feira (5/8), matando 10 pessoas. Dois dias depois, outro caminhão, carregado com 10 mil litros de gasolina e 15 mil litros de óleo diesel, pegou fogo, desta vez na BR-267, perto de Maripá de Minas, na mesma região, mas o motorista conseguiu escapar.

Especialistas consideram alto o número de acidentes, mesmo diante do tamanho da malha rodoviária do Estado, e criticam a falta de estrutura das estradas. Também apontam o principal risco das rodovias: imprudência, representada por atitudes como excesso de velocidade e ultrapassagem perigosa, sobretudo quando os veículos transportam cargas explosivas, como combustíveis.

Segundo Márcio Aguiar, professor de Engenharia de Transportes e Trânsito da Fumec, as estradas mineiras operam com fluxo maior do que sua capacidade e muitos motoristas dirigem sem adotar critérios de segurança. “Eu viajo muito e vejo que mesmo os veículos pesados e com cargas perigosas correm muito e ultrapassam de qualquer jeito. Não há infraestrutura adequada para o escoamento das cargas heterogêneas e até minério de ferro se transporta pelas estradas. Esses acidentes são consequência da não duplicação e da não conservação das rodovias, aliadas à imprudência do motorista”, avalia o especialista.

A combinação de carga de trabalho muito extensa dos caminhoneiros, prazos de entrega, rodovias cheias e com problemas de traçado, geometria e pavimento é apontada pelo professor como determinante para os acidentes envolvendo veículos de carga. “Sinalização, quando existe, é inadequada para a quantidade de veículos. Além disso, muitos caminhoneiros bebem antes de dirigir, não resguardam a distância necessária do veículo da frente nem respeitam o limite de velocidade”, afirma Márcio Aguiar.

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