A forte chuva que caiu, na noite dessa segunda-feira (20/11 – Dia da Consciência Negra), em Ponte Nova, trouxe expectativa de dias melhores com o fim da estiagem e, como disse um participante da Missa Afro, “que seja sinal de mais respeito com os negros e sua luta por mais espaço na sociedade”.
A celebração teve início às 19h30, na Capela Nossa Senhora de Fátima, no bairro com o mesmo nome. Agenda da Paróquia São Pedro/Palmeiras teve aval da Pastoral Afro-Brasileira e de grupos do bairro, tendo à frente o Grupo Afro Ganga Zumba.
Reportagem desta FOLHA acompanhou parte da celebração, dirigida pelo padre Ronaldo Chaves. Sobre a data, o religioso disse, durante a homilia, que orava “por este povo chamado para caminhar e receber a herança da liberdade”.
“A celebração da eucaristia é um momento de renovação para fazer melhor no presente e avaliar o que tem sido feito até aqui, para poder fazer melhor no futuro, assim como Deus nos ensinou”, declarou ele para arrematar: “Todos nós temos que refletir diariamente sobre nossas atitudes e, se precisar, ressuscitar para que sejamos melhores.”
A liturgia teve coreografia afro e musicalidade marcada por cantoria acompanhada de instrumentos como o caxixi, o atabaque e o reco-reco.
Destaque para a presença de representantes de religiões afros, entre eles, os babalorixás Danilo de Oxum e Olegário de Iansã.
Palestra à tarde
À tarde, na sede do Cesec Professora Vera Parentoni, no alto do bairro Polivalente, a data "20/11" foi comemorada com a palestra "Somos todos iguais: ser humano é não ter preconceito". A convidada foi a professora Bárbara Gregório, formada em História pela UFV e doutoranda em Cultos Africanos no Brasil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ.
Leia, noutra notícia deste site, sobre a agenda que antecedeu o Dia da Consciência Negra.