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InícioCIDADEMoradias no CDI: diante de empresário, as críticas dos vereadores

Moradias no CDI: diante de empresário, as críticas dos vereadores

 O projeto de construção de 384 apartamentos populares no Alto do CDI foi criticado em 15/8, na Tribuna Livre da Câmara, pelo empresário Nelson José Gomes Barbosa (foto), dono da Mepe Engenharia, que tem sede naquele local. Ele repetiu a argumentação do abaixo-assinado dos empresários (leia aqui) endereçado no início de julho ao Legislativo de Ponte Nova.
 
O dirigente da Mepe afirmou que os empresários serão impactados [com os custos da mitigação ambiental], caso se confirme obra com financiamento de R$ 92 milhões, via Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal (leia aqui), em terreno que a Conata Engenharia adquiriu da Coferpon, também instalada no CDI.
 
Nelson se disse a favor da redução do déficit habitacional, mas não numa área classificada como zona industrial. Ele revelou que os empresários do CDI – alguns presentes naquela sessão da Câmara – estiveram com o prefeito Wagner Mol/PSB e "ele entendeu o nosso problema e avalia os impactos [com dirigentes da Conata] na rotina de quem for morar ali".
 
Revelou o empresário: "Alertamos o prefeito sobre um laudo afirmando que há rede de esgoto e sei que, quando instalamos a minha empresa, a primeira na parte mais alta do CDI, Luiz Flávio Campos [então diretor do Dmaes] cedeu as máquinas, eu comprei os tubos de 150 milímetros e fizemos a rede atual, instalada há 30 anos."
 
Vereadores I
 
André Pessata/Podemos abriu o debate, considerando que, diante dos "prós e contras do projeto, a saída, para não perder o financiamento, é encontrar outra área, ainda mais que boa parte dos apartamentos [144] será reservada para famílias de baixa renda".
 
Aninha de Fizica/PSB concordou com Pessata e declarou: "Se tanto o Legislativo quanto o Executivo foram sensíveis, as coisas vão caminhar bem."
 
Já Wagner Gomides/PV disse que ratificou a argumentação dos empresários [sobre o fato de o terreno estar em região industrial e de alto risco ambiental] numa recente reunião na Câmara, quando, ao lado dos vereadores Sérgio Ferrugem/PRD, Juquinha Santiago/Avante e Guto Malta/PT, houve conversa com o secretário de Planejamento, Afonso Mauro (Tim).
 
Gomides citou que a Direção do Corpo de Bombeiros (no topo do CDI, ao lado do Aeroporto, reclama de falta d'água. Por outro lado, "já estão estranguladas", no entorno do CDI, as estruturas educacional e de saúde O vereador sugeriu ocupação de espaço no bairro Ana Florência, num cenário a ser "bastante estudado".
 
Vereadores II
 
Emerson Carvalho/PRD desejou que se encontre uma saída, sem que o embate "se torne um assunto político. Precisamos criar e construir juntos a saída".
 
De sua parte, Guto Malta frisou que, "se negligenciarmos o tema agora, os problemas surgirão em médio prazo". Ele se referiu a "diversas inconsistências técnicas" no projeto arquitetônico, havendo informe de que "os estudos de impacto de trânsito e vizinhança não correspondem à realidade".
 
O vereador petista enfatizou a notícia de que a Cemig não tem disponibilidade de energia para atender as unidades habitacionais e assegurou que o Dmaes não tem como fazer nova adutora d'água por lá: "A meu ver, as coisas foram feitas sem discussão e debate e no atropelo, talvez, evidentemente, pelo período em que estamos."
 
Guto defendeu que o debate siga urgentemente para a competência da Caixa Econômica Federal.
 
Suellenn Fisioterapeuta/PV também criticou o projeto arquitetônico e, sendo favorável à proposta federal, defendeu ampla discussão diante do "problema gravíssimo" de se ter conjunto habitacional no CDI.
 
Vereadores III
 
Presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, Sérgio Ferrugem falou na condição de quem, ao receber no início de julho o abaixo-assinado dos empresários, acionou o Governo Federal e deputados votados na cidade. Dois deles, os petistas Leleco Pimentel/estadual e Padre João/federal, já cobraram fiscalização pelo Ministério das Cidades (leia aqui).
 
"Nós, vereadores, não somos profissionais de estudos técnicos e geográficos. Por isso concordo com a atuação imediata do Governo Federal. Que venham profissionais na área para fazer o levantamento das condições do CDI", disse Sérgio Ferrugem.
 
Assim também pensa Antônio Pracatá/PDT, revelando que teve "conversas paralelas" com o prefeito Wagner e com o proprietário do terreno, Orlando Lessa (diretor da Coferpon). "O prefeito me disse que haverá profundo estudo dos questionamentos e o dono do terreno também é favorável a esta providência", informou o vereador.
 
Vereadores IV
 
Ao discursar, Zé Roberto Júnior/Rede concordou com todos os que o antecederam e acenou com eventual risco novo, já que os prédios são projetados nas imediações do Aeroporto, onde vigora região de proteção para aeronaves. No entender dele, a solução mais apropriada seria a construção de prédios em diferentes regiões da cidade, para minimizar o impacto habitacional.
 
Último a falar, o presidente Wellerson Mayrink/PRD considerou "um absurdo" a proposta original – em que pese o grande déficit habitacional local – sem consulta ao Legislativo.  "Sem estudos adequados – inclusive de segurança pública -, há indícios de improbidade administrativa", frisou ele para mencionar que, com 1.600 pessoas morando no CDI, "há cenário para explodirem as demandas e gerar o colapso da infraestrutura".
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