Falando na Tribuna Livre da reunião da Câmara de 18/2, Luciana Martins Pereira Barbosa denunciou que, em 31/1, na praça da Vila Alvarenga, foi agredida por dois policiais militares. Ela não citou os nomes deles. Segundo a moradora, os PMs a espancaram sob alegação de que ela os ofendeu.
“Em momento algum ofendi, desacatei, resisti à prisão. Eles agiram à força bruta”, resumiu Luciana reforçando a necessidade de providências "para que casos como estes não se repitam. A Polícia é chamada para fazer a nossa segurança, e não para ser violenta”, salientou a moradora.
Luciana acrescentou que, após ser algemada e levada ao Quartel da Polícia Militar, foi novamente agredida pelos dois policiais, mas que no “boletim de ocorrência” sua identificação constou na condição de agressora.
Antes da denúncia pública, Luciana esteve na Câmara em 3/2 e apresentou ao assessor legislativo Afonso Mauro Pinho Ribeiro (Tim) fotos identificando hematomas e lesão no ouvido esquerdo, "que ficou com a audição prejudicada". Luciana estava acompanhada de um amigo que, tendo presenciado o episódio na praça, confirmou que não houve ofensa dela aos policiais.
O caso foi encaminhado à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara, constituída pelos vereadores Anísio Filho/PT, Valéria Alvarenga/PSDB e Wellington Neim/PMDB, para as devidas providências. Valéria revelou que, após a denúncia formalizada em 3/2, providenciou-se o encaminhamento da denúncia ao Ministério Público, ao major Luiz Faustino Marinho Junior, comandante da 21ª Companhia de Polícia Militar Independente de Ponte Nova, e aoutras autoridades.
Manifestaram-se os vereadores Anderson Azevedo/PTB, Patrícia Castanheira/Rede, Toni do Badallo/PDT, Wellington Neim/PMDB e Antônio Carlos Pracatá/PSD. Eles ressaltaram a importância da denúncia e da atitude de Luciana em não se calar perante a situação. Os vereadores também destacaram a atitude efetiva do major em conduzir as ações dos PMs sob o seu comando.
O comandante do 1º Pelotão da 21ª Cia. PM/PN, tenente Guimarães, informou a esta FOLHA que recebeu o relatório da Câmara e instaurou sindicância apropriada.