Missa Conga às 8h de hoje, 27/5, na Capela do bairro de Fátima, prestou homenagem póstuma a Maria Teodora da Silva, 87 anos (Mãe Quininha do Congado). Ela morreu na tarde anterior, após internação no CTI do Hospital Arnaldo Gavazza.
Na celebração, padre José Luiz da Silva seguiu ritual das tradições afrodescendentes e declarou: “Não podemos deixar que morra o legado deixado por Mãe Quininha. Ela chamava a todos de ‘povo negro’. Dizia sempre que ‘precisamos reunir, meu povo negro, para conversar e orar.’”
A missa contou com representantes de grupos afros de PN e integrantes do Congado Nossa Senhora do Rosário, fundado no bairro São Pedro por Mãe Quininha. O grupo seguiu em cortejo para o sepultamento dela no Cemitério de Palmeiras. Compareceram o prefeito Guto Malta/PT (que decretou luto municipal) e o secretário municipal de Cultura e Turismo, Emerson de Paula.
Descendente de escrava vinda da região do Congo por volta do ano de 1886, Mãe Quininha nasceu em Teixeiras. Era considerada “mestra griô” (reconhecida pela comunidade como herdeira dos saberes e fazeres da tradição oral), tendo sido pioneira, desde 2007, do título municipal de “Mestra do Saber e Fazer”. Leia ainda em nossa edição impressa da FOLHA que circula nesta sexta, 29/5.

