Durante a reunião itinerante da Câmara Municipal na manhã de 25/3, o prefeito Wagner Mol/PSB assinou a Carta de Ponte Nova com repúdio contra a PEC 287/Reforma da Previdência.
O documento foi deliberado em 22/3, durante debate na Câmara Municipal, num evento que teve parceria com diversos Sindicatos de Ponte Nova e região. A carta cobra dos deputados federais de MG voto contra o projeto do Governo Federal.
Em 25/3, também discursou o representante do Sindicato Intermunicipal de Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais/SindiEletro-MG, Jarbas Discacciati. Ele reiterou a relevância das manifestações de 22/3 em Ponte Nova e manteve o discurso contra a proposta.
Já a professora Neli Magalhães de Resende, integrante da Diretoria do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação/Sind-Ute, usou espaço durante missas ocorridas nas Paróquias São Pedro e São Sebastião, em 25 e 26/3, para conclamar a comunidade a pressionar os deputados federais mineiros a votarem contra o projeto.
A Carta de Ponte Nova é subscritada por dirigentes de diversos sindicatos, mais o prefeito e o presidente da Câmara, Leo Moreira/PSB. Assinaram ainda Rondinely Lanucy Lopes Pereira, da 7ª Subseção/Ponte Nova da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, e o juiz José Afonso Melo, do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania da Comarca pontenovense.
O documento vê a PEC como um “profundo risco de ruptura de direitos dos atuais e futuros trabalhadores brasileiros”. Os signatários repudiam a proposta, lembrando que o Conselho Federal da OAB rechaçou o discurso oficial de "catástrofe financeira e déficit da Previdência. Afinal, o Sistema de Seguridade Social/SSS tem sido ao longo dos anos altamente superavitário”.
A Carta recorre ainda aos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos/Dieese, constatando que “o superávit da Seguridade Social tem sido tão elevado que anualmente são desvinculados recursos por meio do mecanismo da Desvinculação de Receitas da União, majorada para 30% em 2016. Tais recursos são retirados da Seguridade Social e destinados para outros fins, especialmente para o pagamento de juros da dívida pública, a qual nunca foi auditada, como manda a Constituição”.
“A Reforma da Previdência provocará o desmonte do SSS e criará barreiras quase intransponíveis ao acesso à aposentadoria e demais benefícios pelos trabalhadores e trabalhadoras”, denuncia a Carta, que faz esta exortação: "Votem contra a PEC os deputados e senadores pelo Estado de Minas Gerais."