O professor, pedagogo e fotógrafo Thiago De Lazzari abriu, em suas redes sociais, importante reflexão sobre a situação atual do trânsito em Ponte Nova.
Thiago recebeu vários comentários em 48 horas e, procurado por nossa Reportagem, autorizou a repercussão em nossas páginas, tendo em vista, segundo ele, “a importância do serviço prestado por esta FOLHA diante de questões relevantes para os cidadãos em geral, graças à postura de neutralidade ao mostrar o real cenário cotidiano das nossas estruturas urbanas e sociais”.
Thiago questiona: “O que está acontecendo com o trânsito de nossa cidade? Qual é a sua opinião?” Sintetizamos algumas respostas de cidadãos que autorizaram sua identificação ao se manifestarem até 11/10.
Wanísia Gonçalves
“Onde fazem obra, nunca terminam o serviço, e ficamos numa verdadeira bagunça. Minha rua está um caos. Sou deficiente e acabaram com a faixa de pedestre. Está um verdadeiro absurdo isso aqui!”
Marcelo Paulino
Alguém disse ter estudado para isso, mas acho que matou algumas aulas. Acho que estão achando que aqui é BH ao mudar ruas inteiras para mão única, mas esquecem que lá existe mais de uma faixa por mão e o trânsito é de 60km/h.”
Luiz Guilherme
“Não temos um sistema de mobilidade urbana. Há obras que nunca acabam, e as terminadas estão sendo refeitas sem planejamento. Falta respeito para com os munícipes.”
Henrique Ribeiro
“Era muito melhor quando a cidade fluía, as principais avenidas tinham mão dupla. Hoje está um inferno! Estacionar está impossível. Acabaram com as vagas em toda a cidade.”
José Adriano Cabral
“Falta investimento municipal e estadual. O Anel Rodoviário no sentido Juiz de Fora deve vir em primeiro lugar. Depois disso, proibir caminhões de carga com mais de 2 eixos de passarem dentro da cidade, como outras cidades já fazem há anos.”
Ciça Al-Sina
“Deveriam contratar engenheiros de trânsito para fazer as mudanças necessárias, para que o trânsito flua com rapidez e segurança.”
Edmar Machado
“Deveria haver investimento em outros tipos de transporte. Ciclovias e calçadas ampliadas poderiam facilitar o deslocamento a pé ou de bicicleta. Faltam locais com vigilância para guardar as bicicletas, e deve-se integrar o transporte com ônibus que transportassem bicicletas para locais montanhosos, como é feito em Vitória/ES, na travessia da 3a ponte. Em síntese, investir em outros modais, porque as ruas não vão comportar o número crescente de veículos.”
Geraldo De Lazari
“Já morei em Ponte Nova na década de 1950. Hoje moro em Belo Horizonte, e, aqui como aí, todos têm o hábito de não largar o carro, mesmo nos pequenos trajetos. Hoje dou preferência para a bike. Esta seria uma solução, visto que a cidade é quase plana.”
Eduardo H. S. Kadu
“O aumento significativo de veículos e da população local e flutuante merece sugestão de saída do sufoco para aliviar as vias. Sugiro viabilizar o trânsito de automóveis no Pontilhão de Ferro, dando saída mais rápida de Palmeiras rumo à Vila Alvarenga e BH. Creio que beneficiará bastante.”
Márcia Matos
“Passou da hora de gente especializada cuidar do trânsito e avisar adequadamente sobre as mudanças de mão de vias! Os motoristas que se virem e os pedestres junto! Além do trânsito, lembro que os moradores dos bairros Guarapiranga, Vale Verde, Vila Lanna, Polivalente e arredores pagam o IPTU mais caro e não possuem unidade de saúde, nem que seja para se vacinar. Têm que ir à Esplanada.”
Outros comentários
Surgiram ainda estes comentários curtos: “Trânsito péssimo, só piorou”, diz Bárbara Lana; “Em cada mudança, fica pior”, acrescentou Karina Marlière; “Um caos!”, exclamou Andreia Pedra; “Um veículo para cada 2 habitantes! Terra de gente rica!”, ironizou Revicart Cartuchos; e “Acontece que Deus está abençoando todos. Todo mundo está tendo condições de comprar carro”, rebateu Marcos Xampoo.
O outro lado
Procurado por esta FOLHA, o engenheiro de Mobilidade Lucas Aguiar, diretor do Departamento Municipal de Trânsito/Demutran, informou: “O setor trabalha em todos os eixos do Plano de Mobilidade para que Ponte Nova tenha seus deslocamentos mais eficientes, inteligentes e sustentáveis.”
Concluiu Lucas: “É fundamental ressaltar que o trânsito somos todos nós! Se não tivermos consciência sobre a utilização exarcerbada de carros em horários de pico, além da forma como conduzimos, sempre teremos retenções em diversos locais da cidade. Uma mobilidade sustentável passa por caminhadas a pé, uso de bicicleta e transporte coletivo.”