Foram apresentados na quinta-feira (16/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os resultados do suplemento Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2011.
Segundo a publicação, entre 2005 e 2011, a população de 10 anos ou mais de idade cresceu 9,7%, enquanto o número de pessoas nessa faixa etária que utilizam a internet aumentou 143,8%. Já o das que tinham telefone móvel celular para uso pessoal cresceu 107,2%.
Em 2011, 77,7 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade (46,5% do total) haviam acessado a internet nos três meses anteriores à coleta da PNAD. O acesso à internet continuava sendo maior entre os jovens, especialmente nos grupos etários de 15 a 17 anos (74,1%) e de 18 ou 19 anos de idade (71,8%).
Foi igualmente identificado que os percentuais de internautas aumentaram em todas as classes de rendimento mensal domiciliar per capita, especialmente nas mais baixas: no grupo sem rendimento e com até ¼ (um quarto) de salário mínimo, o percentual de pessoas que acessaram a internet aumentou de 3,8% em 2005 para 21,4% em 2011; no grupo de mais de ¼ (um quarto) até metade do salário mínimo, ele foi de 7,8% para 30%; e no grupo de ½ (meio) a um salário, o aumento foi de 15,8% para 39,5%.
Em todos os anos pesquisados, o percentual de internautas foi maior na classe de rendimento de três a cinco salários mínimos, ultrapassando inclusive a classe de cinco ou mais salários mínimos.
Em 2011, 115,4 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade (69,1%) tinham telefone móvel celular para uso pessoal (contra 55,7 milhões, ou 36,6% do total nessa faixa etária, em 2005).
O percentual de mulheres que tinham telefone móvel celular para uso pessoal ultrapassou o de homens pela primeira vez em 2011: 69,5% das mulheres (60,3 milhões) tinham o aparelho contra 68,7% dos homens (55,2 milhões).
Outro ponto identificado foi o crescimento na participação da população não ocupada no acesso à internet. Em 2011, dos 77,7 milhões de pessoas que utilizaram a internet, 60,1% (46,7 milhões) trabalhavam e 39,9% (31,0 milhões) não trabalhavam. A comparação com 2005, quanto às pessoas que acessaram a internet, 62,1% (19,8 milhões) estavam ocupadas e 37,9% (12,1 milhões) não estavam ocupadas, mostrou avanço da participação dos não ocupados entre aqueles que acessaram a internet.