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O empreendedorismo na Educação

Maria das Graças Lima Nunes Pinheiro (Dace) – Graduada em Pedagogia (*)
 
Vivemos um tempo de profundas mudanças na educação e na sociedade. Mudanças nas condições de vida das pessoas, na forma de gerir a economia, na política, cultura e na educação.
 
Mudanças que nos tornaram mais atentos e mais empreendedores, mais dedicados e com mais foco no propósito estabelecido. 
 
Como forma de contextualizar as transformações impactantes na área da educação, retomo um importante acontecimento que marcou a história da educação brasileira e mundial.
 
Nos anos 1990, foi instituída uma comissão internacional sobre a Educação para o Século XXI, que teve como objetivo discutir com toda a sociedade os desafios ora impostos e qual seria o papel da educação nesse contexto. Foi elaborado então um relatório intitulado “Educação, um tesouro a descobrir”. Nesse relatório foram definidas as diretrizes para a educação, a fim de preparar o indivíduo para o século XXI. Segundo o documento, a educação tem o papel de “fazer com que cada um tome seu destino nas mãos e contribua para o progresso da sociedade em que vive” (Delors 2001, p. 82). 
 
Nesse sentido, a comissão definiu quatro pilares para a educação (aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver com os outros), que devem permear a educação ao longo de toda a vida. Naquele contexto, a comissão convocou a sociedade para o compromisso de educar. 
 
Segundo Delors (2001, p. 105), a educação “deve fazer com que cada indivíduo saiba conduzir o seu destino, num mundo em que a rapidez das mudanças se conjuga com o fenômeno da globalização, para modificar a relação que os homens e mulheres mantêm com o espaço e tempo.”
 
Se faz necessário continuar tornando o espaço educativo em um espaço de acolhimento das diferenças, um lugar onde as aprendizagens são consolidadas de forma significativa para o sujeito que aprende, um espaço que possibilite a aprendizagem para toda a vida.
 
É importante também perceber a capacidade dos professores e gestores da escola de trazerem à tona as potencialidades tecnológicas como forma de agregar valor ao processo de ensino-aprendizagem durante estes dois últimos anos, qualificando esses processos de forma inovadora e disruptiva. Chamo isso de empreendedorismo. 
 
Segundo Dolabela (2003, p. 32), empreender é essencialmente um processo de aprendizagem proativa, em que o indivíduo constrói e reconstrói ciclicamente a sua representação do mundo, modificando-se a si mesmo e ao seu sonho de autorrealização em processo permanente de autoavaliação e autocriação.
 
Acenando para o lado da educação, empreender nesse campo requer o entendimento de que os sujeitos devem ser preparados para aprenderem ao longo da vida e que o saber empreendedor ultrapassa o domínio de conteúdos científicos, técnicos, instrumentais, conforme afirma Dolabela (2003, p. 29). 
 
Nessa perspectiva, Delors corrobora dizendo que a educação deve conferir a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentidos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem, tanto quanto possível, donos de seu próprio destino (Delors 2001, p. 100).
 
Como diretora-pedagógica da Escola Nossa Senhora Auxiliadora, vivencio essas experiências diariamente, nos diferentes projetos empreendidos por toda a equipe pedagógica, com os quais dão vida ao valoroso Projeto Político Pedagógico Pastoral da Escola Salesiana. As aprendizagens essenciais pautadas no novo currículo adquirem múltiplos olhares frente a cada sujeito envolvido no processo, seja ele o professor, seja ele o estudante. 
 
E assim a educação flui, pautada no empreendedorismo da equipe pedagógica, na formação humano-cristã, no pensamento crítico, reflexivo e libertador, inovando e transformando vidas a cada ciclo e a cada etapa.
 
(*) – Mestre em Educação com Menção em Gestão Educativa pela Universidade Politécnica Salesiana; professora da Educação Básica em escolas públicas por 32 anos; professora universitária por 17 anos; e hoje diretora-pedagógica da Escola Nossa Senhora Auxiliadora, em Ponte Nova, onde trabalha há 21 anos.
 
Texto publicado nesta FOLHA na edição – de 11/3 – alusiva ao Dia Internacional da Mulher.
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