Na noite dessa sexta-feira (4/12), cerca de 30 comerciantes e apoiadores se uniram numa manifestação pública entre a praça de Palmeiras e a casa do prefeito Wagner, no bairro da Rasa. Eles tentaram, sem sucesso, entregar abaixo-assinado – cujo primeiro subscritante foi Samuel Cardoso Corrêa – pelo relaxamento de restrições ao comercio e serviços. O chefe do Executivo, no entanto, não recebeu o grupo.
O grupo se reuniu numa lateral da praça de Palmeiras, com discursos pelo não fechamento seus negócios, externaram indignação com a continuidade de festas clandestinas e as aglomerações na campanha eleitoral, mencionando a carreata promovida pelo atual prefeito em 15/11.
Apesar da indignação, alguns manifestantes demonstravam respeito com a posição de Wagner como autoridade máxima do município, apelando para a necessidade de diálogo para solucionar a demanda. O prefeito não se manifestou sobre o ato público.
Pelas redes sociais, moradores da Rasa protestaram contra a aglomeração diante da casa do prefeito. A secretária de Educação e Cultura, Fernanda Ribeiro escreveu: "Não somos uma cultura de respeitar normas e regras. Isso é histórico. Infelizmente, crônico. Paga-se caro por não investr em educação dede o berço".
Pelo WhatsApp, tão logo se anunciou o decreto do prefeito Wagner, surgiram, à tarde, comentários no grupo da Rede de Comércio Protegido. “Partiremos para a desobediência civil”, disse um lojista. Mesmo sabendo que o rigor da Onda Vermelha é imposto pelo Estado, com acompanhamento do Ministério Público, outro sugeriu: “vamos arrumar algum advogado para quebrar o decreto”.
“Se é pra fechar, que observem os supermercados e farmácias que vendem produtos não essenciais, bem como a quantidade de motoboys aglomerados à espera das chamadas”, relatou um comerciante.
“Com 80% [de votos em 15/11, obtidos por Wagner] de apoio ninguém pode falar nada. As festas particulares vão continuar acontecendo e o comércio vai continuar pagando o pato. Vamos pagar pelo silêncio das eleições”, declarou outro.
Também pelas redes sociais foram muitos os discursos de apoio ao decreto e de respaldo à posição de Wagner no enfrentamento à pandemia.
Nota da Acip/CDL
A Direção do Sistema Acip/CDL divulgou, na tarde dessa sexta-feira (4/12) nota avaliando o decreto anticovid do prefeito Wagner Mol/PSB, o qual entra em vigor na segunda-feira (7/12) as restrições para o comércio e serviços, impostas pela Onde Vermelha do Programa Minas Consciente.
“Como já é de conhecimento de todos, o comércio não é o causador do aumento dos casos em nossa cidade”, ressalta a nota continuar:
“As empresas têm feito a sua parte, respeitando as regras de prevenção, e com todas as dificuldades têm conseguido se manter em funcionamento, preservando os empregos de milhares de pessoas em nosso município. Por isso, a entidade continua trabalhando na defesa de sua tese e no interesse da classe, sem gerar conflito com o interesse coletivo”.
De acordo com o informe, “temos um momento difícil para todos, e é preciso que cada um faça a sua parte, para que se reduzam os casos de contaminação e as internações por COVID, de forma que possamos preservar vidas e empregos”.
Além do mais, “de acordo com a Prefeitura de Ponte Nova, a redução dos casos e das internações e também a consequente melhora dos índices podem possibilitar o avanço para a onda amarela na próxima semana, permitindo assim a reabertura de centenas de empresas do nosso município. Mas para isso acontecer é preciso a colaboração de todos.
Protesto em Viçosa
Comerciantes de Viçosa protestaram na tarde dessa sexta-feira (4/12) contra as recentes restrições impostas decreto do prefeito Ângelo Chequer/PSDB, que incluiu o município também nas restrições da Onda Vermelha do Programa Minas Consciente.
O grupo saiu em carreata, com buzinaço e faixas, seguindo para o Centro Administrativo viçosense. Na sede do Executivo, os manifestantes tentaram audiência com o prefeito, mas não obtiveram sucesso.