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Orçamento público e deputados

Mariza de Paulo Bragança – Diretora da Conafill/Consultoria, Auditoria e Assessoria Fiscal (Abre Campo)

*Mestre em Ciências Contábeis – Linha de Pesquisa em Controladoria e Auditoria pela FUCAPE Business School; certificada em Compliance Anticorrupção CPC-A, desenvolvido pelo LCB-LEC Certification Board; especialização lato sensu em Perícias Contábeis e Auditoria e Controladoria; especialização em Consultoria pelo  Sebrae-MG; e professional and self coaching/PSC pelo Instituto Brasileiro de Coaching/IBC

 
O quanto conhecer o que um deputado faz na nossa região impacta o orçamento público do nosso Município? Por vezes, somos apáticos nas escolhas dos nossos representantes para o Estado e a União por pensarmos que o Estado e a União estão distantes de nós. 
 
Entendemos que o Município é a nossa casa e que prefeitos e vereadores estão mais perto de nós e delegamos a pessoas distantes de nós o poder de votar decisões que afetam totalmente as receitas e despesas do nosso Município. Pensar o nosso voto além do nosso próprio interesse tem sido um desafio para nossa democracia. Quando os interesses não são coletivos para que a democracia aconteça, estamos fadados a continuar com políticos que cuidam das doenças e da deseducação mais que da saúde e da educação. 
 
Digo isto porque nossos deputados trabalham para as votações de leis que regulam nossos tributos federais e estaduais e o Orçamento Municipal é elaborado com base nesse trabalho. Escutamos que os Governos Federal e Estadual enviam dinheiro para os Municípios, como se não fosse fruto do nosso trabalho. Como se fosse um favor que presidente, governador e deputados nos fazem. 
 
Não nos enviam absolutamente nada que não seja nosso, dos tributos que pagamos ao comprarmos arroz e feijão, ao gerarmos qualquer tipo de renda. Se nossa escolha for baseada em critérios pessoais, nossa região sofrerá com a falta de recursos para seu desenvolvimento. 
 
Temos problemas com estradas, com produção rural, com desemprego, com meio ambiente etc., e tudo isso, para ser realizado, depende de votações e distribuição de recursos de emendas parlamentares e convênios na União e no Estado. É incrível que nossos Municípios recebam ambulâncias e recursos para as doenças e não sejam contemplados com recursos para saneamento básico, que evita as doenças. 
 
Caso você pergunte por que nossos Municípios ainda têm esgotos caindo em rios e falta de água encanada, a resposta é simples e fria: o que está debaixo da terra ninguém vê. Quantas doenças são evitadas com saneamento básico de qualidade? Não temos grandes atuações de nossos representantes em distribuir verbas para que os jovens possam estudar, possam trabalhar e possam ter uma real educação, porque distribuímos muitos recursos na educação sem qualquer cobrança da qualidade dela. 
 
Nossos jovens não têm para onde ir porque não “dá voto” construir bibliotecas, cinemas, teatros, áreas de lazer que não estejam em locais ermos e desenvolver trabalhos com esses jovens.  Poucas são as emendas parlamentares ou convênios para a geração de conhecimento e para o lazer saudável, que gera educação e saúde. 
 
Tudo isto se reflete no Orçamento Público, que na sua maioria é para cumprir gastos sem análise do que realmente importa e sem que nós, cidadãos, enxerguemos que mais que gastar nossos recursos precisamos saber com que qualidade eles são gastos. Vamos pensar no nosso voto além das doenças e da deseducação. Esta é uma proposta.
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