A Associação Comercial e Industrial de Ponte Nova/Acip e a Câmara de Dirigentes Lojistas/CDL divulgaram, nessa quarta-feira (22/12), balanço dos questionários do Índice de Confiança Empresarial/ICE e do Índice de Confiança do Consumidor/ICC, com o objetivo de monitorar expectativas dos dois segmentos no município. A pesquisa teve esta abrangência:185 entrevistados pelo questionário ICE e 223 pelo questionário ICC.
Inicialmente, foi questionado aos empresários/lojistas sobre como eles avaliavam a atual situação das vendas para esta época do ano, bem como quais eram suas expectativas referentes ao nível de vendas para os próximos 3 meses. Apurou-se ainda como eles avaliavam a situação atual da inadimplência para esta época do ano e qual era a expectativa em relação à inadimplência para os próximos 3 meses.
Em relação à situação atual das vendas nesta época do ano (dezembro), dos 185 entrevistados, 24% avaliaram positivamente, 32% alegaram estar normal e 44% apresentaram respostas negativas. Além disso, para os próximos 3 meses, 40% afirmaram possuir expectativas de aumentar as vendas e 31% de estabilizá-las. Em contrapartida, 29% acreditam que as vendas se reduzirão nos próximos meses.
Outro ponto interessante diz respeito à inadimplência para a atual época do ano e a expectativa dela para os próximos 3 meses: 30% avaliaram que a inadimplência se reduziu, 26% avaliaram que se estabilizou e 44% avaliaram que aumentou.
Em relação aos próximos 3 meses, 30% possuem expectativas de estabilizar a inadimplência e 38% acreditam que irá reduzir-se, uma vez que muitas empresas passaram a adotar novas formas de pagamentos, dentre elas o PIX e o cartão de crédito ou débito, o que diminui o risco de clientes deixarem de pagar suas dívidas, enquanto 32% ainda acreditam que irá aumentar a inadimplência nos próximos 3 meses.
Foi questionado aos empresários/lojistas sobre: situação atual de seu segmento empresarial e qual a expectativa deles em relação a esse segmento nos próximos 3 meses; se realizou novos investimentos atualmente e se pretende realizar nos próximos 3 meses; se contratou novos funcionários e se pretende contratar nos próximos 3 meses; como eles avaliam o governo local e qual a expectativa em relação a ele nos próximos 3 meses; e por fim, como eles avaliam a economia local e qual a sua expectativa para os próximos 3 meses.
Dos 185 entrevistados com o questionário ICE: pouco menos que a metade (45%) acredita que seus segmentos empresariais estão estáveis no mercado atualmente; 27% afirmam que estão em uma situação positiva (aquecido); 28% estão em situação desacelerada; e 46% possuem expectativas de melhora em seus segmentos empresariais.
Em relação aos investimentos, 54% dos entrevistados alegam realizar investimentos, o que é algo positivo tanto para as empresas quanto para o município. Ainda, 57% pretendem realizar novos investimentos nos próximos 3 meses, o que demonstra uma sede dos empresários em alavancar seus negócios.
Também foi questionado aos empresários sobre a contratação de novos funcionários no mês. Cerca de 76% dos entrevistados afirmaram que não contrataram no ultimo mês e 83% não pretendem contratar nos próximos 3 meses.
Avaliação do governo local
Outra questão levantada foi em relação ao governo local e a expectativa que os empresários possuem sobre este governo para os próximos 3 meses. Somente 28% classificaram o governo atual como bom, enquanto 38% o classificou como regular e 34% como ruim.
Noutro cenário, 37% avaliaram ter expectativas positivas sobre o governo nos próximos 3 meses, enquanto 24% avaliaram negativamente e 39% tiveram avaliação neutra.
Já em relação à economia local: 47% avaliaram estar estável; 14% a veem aquecida; 39% afirmaram estar desacelerada; 42% têm expectativas de aquecimento da economia nos próximos 3 meses; 20% acham que vai desacelerar-se; e 38% acham que vai estabilizar-se.
Consumidores
Aos consumidores, foi aplicado o questionário de Índice de Confiança do Consumidor (ICC), contendo um total de seis perguntas de opinião. Dentre as perguntas, foi questionado primeiramente sobre a expectativa do consumidor em relação à inflação no município de Ponte Nova considerando os próximos 3 meses.
A maioria (75%) dos entrevistados alegou que possui expectativas de aumento na inflação no decorrer deste período (próximos 3 meses), sendo que 53% acreditam que irá aumentar e 22% acreditam que irá aumentar muito. Ainda nesta questão, 21% acreditam que a inflação não irá mudar e 4% acreditam que diminuirá.
Tal resultado mostra que muitos consumidores já percebem que a inflação tem efeitos nocivos em sua renda, com a consequente queda no seu poder de compra, e que as incertezas apontam para um aumento de preços devido à escassez mundial e à retomada econômica caminhando a passos curtos.
Outro questionamento feito foi em relação ao desemprego no município: 16% dos entrevistados acreditam que haverá um grande aumento de desempregados em Ponte Nova nos próximos 3 meses; 41% acreditam que irá aumentar um pouco; 27% acreditam que não haverá mudança; e 15% acreditam que pode diminuir o número de desemprego.
Foi questionado também sobre as expectativas dos consumidores em relação à sua renda pessoal e situação financeira atual: a maioria (64%) dos entrevistados acredita que sua renda pessoal não irá variar; 49% acreditam que sua situação financeira permanecerá igual; e 13% acreditam que sua renda irá diminuir nos próximos 3 meses.
Outro ponto interessante de tais questionamentos está no fato de: 28% dos entrevistados afirmarem que, considerando os últimos 3 meses, sua situação financeira melhorou; e 18% terem expectativas de melhora em sua renda pessoal (um aumento), o que demonstra certa esperança que os consumidores possuem em melhorar sua receita.
Por fim, foi questionado também sobre o endividamento dos consumidores, considerando os últimos 3 meses: 4% alegaram estar muito mais endividados; 18% responderam estar mais endividados; 24% afirmaram estar menos endividados; 14%, muito menos endividados; e 40% responderam que estão com o mesmo número de dívidas.
Em relação a compras de bem de maior valor: 17% pretendem diminuir muito a compra desses bens nos próximos 3 meses; 28% pretendem diminuir; 37% pretendem permanecer como estão; 14% pretendem aumentar; e 4% pretendem aumentar muito.
Ao todo, cerca de 45% dos entrevistados pretendem diminuir as compras de bens de maior valor, o que demonstra que tais consumidores estão com receio de se endividarem nos próximos meses, uma vez que não possuem certeza do futuro próximo e muitos acreditam que o número de desempregos irá aumentar.
Esta pesquisa resulta de iniciativa do Sistema Acip/CDL em parceria com: Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dinâmica; Sala Mineira do Empreendedor de Ponte Nova; Fundação Presidente Antônio Carlos/Fupac; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais/IFMG; e TV Educar.