A missa das 15h de 1º/1, na Igreja-Matriz São Sebastião/ Centro, foi cocelebrada pelo pároco, padre Luiz Carlos, e os convidados padres José Luiz da Silva/ pároco de Palmeiras, Francisco Lanna/Congregação Salesiana e Ademir Ragazzi/vigário episcopal para a Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte.
Enquanto Ragazzi (ex-prefeito de Ponte Nova) abraçou longamente Guto após a liturgia, padre Luiz Carlos desejou que os eleitos do Executivo e do Legislativo administrem com justiça e um olhar para os mais necessitados. Já o padre José Luiz fez longo pronunciamento na homilia, o qual reproduzimos na íntegra (em nossa revisão):
Padres Francisco, Luiz Carlos, José Luiz e Ademir Ragazzi
Já se passaram muitos séculos, e as mãos estendidas sobre a humanidade sob o patrocínio das religiões judaico e islâmicas, a cada principio de novo tempo!
Porém, no limiar da Era de Aquarius que se aproxima ecoam as palavras do Carpinteiro de Nazaré no alto da montanha: Bem aventurados os obreiros da paz porque serão chamados filhos e filhas de Deus! (Mt 5,9).
A paz pressupõe um humanismo aberto à transcendência, envolve o ser humano na sua integridade e depende sobretudo do reconhecimento de que somos, em Deus, uma única família humana! O obreiro da Paz deve ter presente também que as ideologias do liberalismo radical e da tecnocracia insinuam a convicção de que o crescimento econômico se deve conseguir à custa da erosão da função social do Estado e das redes de solidariedade! São palavras do Santo Padre Bento XVI em sua homenagem urbe et orbe para esse DIA MUNDIAL DA PAZ!
Pouco depois da benção de Aarão, passaram a habitar nestas terras os índios da nação Puri que dominavam o sudeste mineiro juntamente com os Botocudos, Tapuias e os temidos Aimorés. Característica dos Puris eram seus enormes cocares adornados com plumagens vermelhas de um belo pássaro que habitava as margens do caudaloso Guarapiranga. Foi quando aqui chegaram Antônio Rodrigues Arzão e Sebastião Fernandes Tourinho com suas entradas e bandeiras. A Paz deixou de existir..
Outro pouco de tempo e o Conde de Assumar, aquele mesmo que viu três pescadores nas águas do Paraíba do Sul, retirando a imagem tosca da Senhora Aparecida, deu de entregar ao religioso José Dumont Medeiros, a titulo de outorga, estas sesmarias com o fim de expandir a colônia, em nome da Corte de Portugal. E o servo de Deus, tomando uma água ardente de cana com angu assado e um bom torresmo numa bitaca que, tempo adiante seria chamada de Solar dos Brant entendeu de escolher São Sebastião e Almas como padroeiros de uma ermida erguida no alto da montanha que contemplaria mais tarde os trilhos da Leopoldina!
Os pilares de granito lapidados pela natureza no coração caudaloso do então Guarapiranga com suas toras roliças adaptadas pelos índios quando desciam para a pesca e a caça deram à terra da goiabada cascão com suas ladeiras e palmeiras o nome Ponte Nova.
Eis que tempos depois, estamos aqui, fazendo historia vestida de vermelho como os nativos do passado para acolher a Estrela e invocar sobre ele a benção de Aarão!
Esse é o momento em que o Brasil cresce no mundo e se apresenta como a Terra das Oportunidades acima do capitalismo selvagem com o ortopraxia de Gustavo Gutierrez, Leonardo Boff e Simon Bolívar!
O nosso maior desafio é resgatar a autoestima coletiva e o sentimento de amor à cidade, propondo um pacto de cidadania com a sociedade pontenovense, para que juntos busquemos e conheçamos melhor o que esta entende e reconhece como suas prioridades- são palavras de nosso prefeito Guto Malta que ainda acrescentou- com a utilização de todas as ferramentas e instrumentos de gestão democrática e participativa, principalmente os trazidos pelo Estatuto da Cidade.
Na plenitude dos tempos, como nos lembra Paulo nesta Eucaristia, Deus enviou seu filho nascido de uma mulher, a Nova Era, a Teotókos, Senhora de tantos nomes, Yemanjá que sobe do mar para reger ao lado de Ogum os destinos deste 2013, Dona do Silencio como o hino de Lucas a pouco proclamado, cubra com seu manto divino o Executivo e o Legislativo que hora vão tomar posse dos destinos deste que chamamos Vale do Piranga!
E Sebastião, padroeiro mor destas terras tão castigadas mas tão cheias de esperança nos ajude a escrever uma nova página em nossa historia lembrando por ultimo as palavras do saudoso Luciano Pedro Mendes de Almeida: Não se esqueçam dos pobres!
Que a paz e a justiça se abracem e que delas surjam os obreiros da paz!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!