Nesta quarta-feira (18/8), comerciantes e moradores da rua Santo Antônio, no bairro de mesmo nome, seguiam reclamando da paralisação da obra de passagem de rede de adutora d’água e de interceptores de esgoto, serviços – estes – terceirizados pelo Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes.
O problema está no trecho de 50 metros do quarteirão que faz esquina com a rua Professor Campolina. Disse um comerciante: “A empreiteira abandonou o serviço desde 12/8. Não temos notícia de nada. Não conseguimos informações da Prefeitura e do Dmaes.”
O lojista menciona aumento da poeira pré e pós-chuva de 17/8 (que trouxe o barro), danos na calçada com a passagem de veículos sobre o meio-fio, mau cheiro com a abertura da canalização do córrego e mais: “Nossos clientes sumiram.”
A Assessoria de Comunicação da Autarquia informou em áudio que “o pessoal da empreiteira foi atravessar a tubulação no trecho do córrego canalizado e encontrou uma dificuldade muito grande”.
Continua o informe: “Além do mais, existe uma construção [erguida ainda em 1986] que invadiu área pública sobre a galeria do córrego, inviabilizando inclusive a rua que passaria sobre este local para ligar o trânsito à rua Carangola, no quarteirão abaixo.”
O relato da Autarquia ainda menciona o atenuante de a Coplacan ceder parte do terreno ao lado de seu galpão (onde se mantém a Feira Livre de cada domingo) para passarem a rua e as tubulações.
De acordo com o áudio, “para passar os tubos, a empresa precisa de uma máquina – que deve chegar em curto prazo – para escavar sob a galeria e viabilizar a travessia das duas redes”.
Continua o informe: “O quadro é bem complexo, porque, no caso do interceptor, não pode haver alteração no nível em relação aos encanamentos já instalados. Estamos diante de situação complicada e sabemos que, se não houvesse a tal construção sobre a canalização do córrego, tudo já estaria resolvido.” Ainda segundo a Autarquia, pretende-se eliminar estes transtornos “o mais rápido possível”.
Problema de esgoto
Na Câmara/PN, em 16/8, Sérgio Ferrugem/Republicanos, Wellerson Mayrink/PSB, Guto Malta/PT, Wagner Gomides/PV, José Roberto Júnior/Rede, Suellenn Monteiro/PV e o presidente Antônio Pracatá/MDB requereram informe sobre a ocorrência de esgoto retido bem perto do local que motiva a reclamação dos comerciantes.
Trata-se dos fundos das ruas Professor Campolina e João Vidal de Carvalho, afetando os fundos de moradias e estabelecimentos. Esta FOLHA apurou que uma equipe do Dmaes já esteve no local. Sabe-se que a Autarquia busca ajuda da Secretaria Municipal de Obras para resolver tal problema.
Segundo José Roberto, o Departamento encaminha frente de trabalho de reposicionamento dos canos para facilitar a ligação da rede com os interceptores de esgoto (em fase de instalação): “A obra está demorando um pouco, e, mesmo depois que refizeram uma parte dos encanamentos, o mau cheiro persiste.”
Sérgio Ferrugem mostrou fotos da situação do esgoto e falou: “Um morador me mostrou a situação e, de fato, soube que o Departamento busca parceria com a Semob. A situação é desconfortável, e esperamos que os órgãos competentes executem o serviço.”