
Desde 11/4, data de início do funcionamento do estacionamento rotativo – Sistema Pare Azul -, o Departamento Municipal de Trânsito/Demutran tem estes números (até 18/4):
– 70% dos créditos para as 2.705 paradas em 653 vagas no eixo Centro/Palmeiras foram requisitados por aplicativo; 21% nos pontos de venda; e só 9% com os monitores.
– Quanto aos pagamentos, 87% ocorreram via cartão de crédito ou pix, sendo o restante em dinheiro ou cartão de débito. Do total arrecadado, 20% vão para o cofre municipal para investimento em melhoria na mobilidade urbana.
A informação é de Lucas Maciel Aguiar/diretor do Demutran, ao falar a esta FOLHA sobre o “bom andamento” do novo projeto, encaminhado pela empresa GCT/Gerenciadora de Controle de Trânsito com monitoramento municipal simultâneo.
Na avaliação dele, “o principal indicador de que o Pare Azul dá certo é que temos mais vagas do que veículos, o trânsito flui melhor e caíram as infrações por parada em fila dupla ou em local proibido”.
Segundo Lucas, uma próxima providência é avaliar o efeito colateral do estacionamento em ruas vizinhas às do Pare Azul, as quais ficaram congestionadas nestes dias, pelo acesso de condutores que querem deixar seus carros fora da área de cobrança.
O diretor do Demutran nega, com os números acima, que haja dificuldade de acesso ao aplicativo Pare Azul, mas esclarece: “Vamos implementar novas ferramentas para facilitar ainda mais o acesso dos usuários. Focaremos, também, no estacionamento adequado de motos e veículos de idosos e/ou de carga e descarga.”

A respeito dos boatos de excesso de multas, Aguiar presta este esclarecimento: “O ticket azul afixado no veículo é só um aviso de irregularidade e o condutor tem dez minutos para retirar o carro ou ativar o crédito para a vaga, cujo uso será fiscalizado pelo agente de trânsito.”
Ele rechaçou a proposta, em 18/4, feita pelo vereador Wellerson Mayrink/PSB de que o Pare Azul deve ser suspenso até o esclarecimento de dúvidas e envio de documentos e do contrato com a GCT (cobrado por diversos vereadores) à Câmara.
“Temos bom planejamento e devemos evoluir ao verificarmos problemas. Os vereadores podem nos procurar ou nos convidar para explicar tudo na Câmara”, disse Lucas.
José Osório, Aninha de Fizica/ambos do PSB e Emerson Carvalho/PTB sugeriram, nesta semana, cobrança proporcional ao tempo de estacionamento no caso de desocupação da vaga antes do prazo-limite. Já Wagner Gomides/PV sugeriu extensão da parada até 4 horas.
Conforme Lucas, prevalecem as duas horas e o condutor que tirar seu carro antes do tempo-limite pode usar o restante para parar noutro local.
Quanto à consideração de Zé Roberto Júnior/Rede sobre pagamento – ou não – de veículos da nossa Prefeitura, Lucas informa que são isentos, o que é estendido a veículos do Estado e da União. Pagam, porém, veículos de Prefeituras da região.
Balanço da estrutura do Demutran
Em 18/4, na Câmara Municipal, diversos vereadores se sucederam nas cobranças relativas ao Pare Azul. O debate coincidiu com o envio, por parte do diretor do Demutran, Lucas Aguiar, de relato sobre a estrutura de seu setor, atendendo longa indicação de Zé Roberto Júnior/Rede.
De acordo com Lucas, o Departamento tem 23 agentes de trânsito (10 já passaram por curso de atualização), três Unos, uma caminhonete e 4 motocicletas. A frota carece de renovação e espera-se a compra de mais uma caminhonete.

Na estrutura física, ocorreram melhorias com instalação de central de monitoramento do Pare Azul e do transporte coletivo, mas o depósito de placas, cavaletes e similares fica em local distante.
Segundo Lucas, faltam ainda modificações na estrutura organizacional para atender o Plano de Mobilidade Urbana.
Comentários
Sobre o ofício do Demutran, Zé Roberto disse que segue “confusa” a atuação dos agentes com ou sem cursos. Inquiriu ele: “Disseram que têm material para pintura de sinalização, mas contratam empresa para o serviço. Por que não pintam – eles mesmos – as ruas e avenidas?”