Desde a sessão plenária de 11/12, a Câmara de Vereadores avalia o projeto do prefeito Wagner Mol/PSB que institui O Estatuto e o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos do Magistério. O documento chegou ao Legislativo na tarde de 8/12, embora, conforme anúncio de assessores municipais a esta FOLHA, o envio transcorreria ainda em 5/12.
O primeiro a falar sobre o assunto foi Wagner Gomides/PV, parabenizando o chefe do Executivo por concluir, com a matéria em pauta, três anos de um intenso debate: "Não tenho problema em parabenizar. Às vezes eu questiono por ter pontos de vista diferente na busca de denominador comum para as melhorias que atendam o nosso povo."
O vereador do PV destacou o "incansável empenho" dos profissionais da Educação para viabilizar o Plano. Gomides avaliou que, com os debates internos na Câmara, pode haver a implementação prática em maio de 2024. Ele disse que viu no texto municipal diversas sugestões da Comissão Especial da Educação formada no Legislativo.
No entender de Guto Malta/PT, o presidente Wellerson Mayrink/PSB deve "contestar a narrativa de que a Casa Legislativa está 'agarrando' o Plano de Carreira". O vereador antecipou debate sobre "inconsistências" do projeto e do impacto orçamentário pós-maio/2024. "Quem assumir a Prefeitura em 2025 é quem vai ter que chupar essa manga", arriscou Guto.
Wellerson considerou "uma falta de respeito muito grande" o envio do projeto no fim da sexta (8/12). "Por respeito a vocês, do Magistério, colocamos o projeto na pauta, mesmo porque estamos todos engajados na proposta".
Mayrink antecipa o embate: "Não adianta forçar para a aprovação rápida, pois o projeto precisa de amplo debate."
Emerson Carvalho/PTB, líder do Governo, deu sua opinião: "Vamos fazer emendas para o bem, para melhorar cada vez mais."
FOLHA no debate
Ainda na sessão de 11/12, Guto Malta/PT disse, no plenário, que esta FOLHA não teve culpa ao divulgar a chegada do projeto em 5/12, pois "havia presunção de veracidade na informação oficial".
Esta FOLHA tem a informar o seguinte:
1 – Na sexta-feira (8/12), fomos surpreendidos com manifestações agressivas de três vereadores por conta de nossa notícia do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos do Magistério. Entendemos que os edis pretenderam atacar o Executivo e – intencionalmente ou não – atingiram este Jornal.
2 – A vereadora Suellenn Fisioterapeuta/PV mostrou-se, no mínimo, deselegante ao associar a nossa notícia à imagem do Pìnóquio, sugerindo mentira desta FOLHA no texto.
3 – Zé Roberto Júnior/Rede e Wagner Gomides/PV escancararam o termo fake news ao reproduzir o recorte de nossa reportagem, sendo que não inventamos a data. O informe partiu dos secretários Afonso Ribeiro/Tim (Planejamento) e Keila Lacerda (Educação).
4 – Os três vereadores não se preocuparam em verificar o que houve até o protocolo ocorrido, de fato, na sexta-feira (8/12). Nossa Reportagem apurou que os textos iriam para o Legislativo no Sistema 1Doc – sem uso de papel. No entanto, por conta de embate recente, a Mesa da Câmara decidiu que só receberia a documentação municipal na forma impressa.
5 – Ocorre que o prefeito Wagner Mol viajou para BH e não tinha como assinar os papéis. Por fim, no entendimento entre assessores do Executivo e a Mesa da Câmara, prevaleceu o documento digital, passando o protocolo do projeto para 8/12. O presidente Wellerson contesta aspectos desta versão do Executivo, mas revela negociação com assessores do Executivo, em 6/12, para receber projetos na forma digital.
6 – Como se vê, a FOLHA não publicou fake news e lamenta que, no embate Legislativo/Executivo, verificou-se a tentativa de, perante quem se informa pelas redes sociais, manchar a reputação deste semanário – que por sinal completa 35 anos de circulação ininterrupta neste 22/12. E Esta FOLHA tem por slogan o "Compromisso com a cidadania".