“Valorizar a cultura queijeira do Brasil é defender toda a cadeia agro-alimentar artesanal.” Esta é a missão da Associação SerTãoBras, com atividades na Região do Vale do Piranga desde o início deste mês de fevereiro.
Presidente da Associação, a pontenovense Débora Pereira explica que “o queijo de leite cru é um dos produtos mais marcantes da cultura brasileira, e, porque amamos queijos, desejamos mudar a realidade das normas que restringem legalmente seu consumo”.
Durante palestra no Sindicato dos Produtores Rurais de Ponte Nova, em 13/2, Débora detalhou a proposta de valorização do queijo de Minas. Ela contou a história dos dez anos da SerTãoBras, detalhando o empenho na elaboração de novas leis que regulamentem o comércio de queijo de leite cru em todo o Brasil.
A meta – disse ela – é fortalecer o pequeno produtor e o queijo artesanal, considerado patrimônio cultural mineiro. “O queijo de leite cru possui micro-organismos que contribuem para o fortalecimento da flora intestinal e a melhora da saúde do consumidor, além de ser muito saboroso”, resumiu a palestrante.
Jornalista da revista francesa Profession Fromager – especializada em queijo artesanal -, Débora é mestre queijeira da Guilda Internacional de Queijeiros. Ela veio a Minas para ministrar cursos sobre técnicas de “cura” de queijos para produtores dos sete municípios da Região da Serra da Canastra e dos onze municípios do Serro.
Além de proferir a palestra em Ponte Nova, ela ainda falou na Capital para fiscais e pesquisadores de queijos de qualidade. Em 6/2, em Belo Horizonte, Débora esteve ao lado da francesa Délphine Gehant, da Escola de Produtos Lácteos EnilBio de Poligny/França, num curso de maturação de queijos, organizado em parceria com a Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais/Faemg.
Para o presidente da Faemg, Roberto Simões, a realização do curso é uma forma de a Federação abrir mais uma porta para os produtores de queijos artesanais do Estado, para que obtenham mais conhecimentos técnicos e fortaleçam cada vez mais seus negócios.