A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semct), em parceria com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de MG (Iepha), realizou na quarta-feira, 2/10, no Centro Vocacional Tecnológico (CVT), o I Seminário História, Memória & Patrimônio de Ponte Nova. O evento faz parte da 4ª edição da Jornada Mineira do Patrimônio Cultural, e a temática deste ano é Griôs: a Jornada dos Mestres da Nossa Cultura.
O prefeito Guto Malta/PT esteve na abertura do evento ao lado do titular da Semct, Emerson de Paula Silva, que deu início às atividades do seminário. Segundo Guto, o evento foi de extrema importância, pois caracteriza-se como uma forma inovadora de se abordar a cultura. A gente só constrói futuro quando a gente valoriza o passado.
Durante a manhã, os participantes assistiram à palestra História, Memória, Patrimônio Cultural e Políticas de Preservação em PN, ministrada pelo presidente do Conselho de Patrimônio e doutor em História Social, Luiz Gustavo Santos Cota, e pelo mestrando em História Dalton Sanches. O evento também contou com a palestra O passado sob as lentes das câmeras: a importância dos acervos privados de fotografia, a cargo do agente cultural João Mattos, e com a exibição do curta-metragem Dona Cristina Perdeu a Memória.
Na parte da tarde, os participantes assistiram às seguintes palestras: Vestígios do passado escravista de PN no século XIX, Construindo a História da Literatura em PN, A religião como agente transformador dos espaços: o caso do Rio Pomba e a serva de Deus Lola, O Congado em PN: origens e significação e O Inventário do Arquivo Histórico Municipal de PN.
Luiz Gustavo caracterizou a jornada mineira como um dos maiores eventos do país, com abordagem pró-conscientização da preservação do patrimônio cultural. Sobre o tema deste ano, ele explica que os Griôs surgiram no Noroeste africano e se tornaram símbolo da tradição oral. Responsáveis pela transmissão dos saberes e acontecimentos da vida social, eles têm relação íntima com a palavra, a qual é considerada sagrada.
Professores, educadores e todos aqueles que se interessam pela preservação do patrimônio cultural foram o público-alvo dos seminários. A ideia do Iepha foi valorizar os nossos griôs, os nossos detentores do conhecimento, especialmente os mestres da cultura popular, frisou Cota.