O presidente da Câmara de Ponte Nova, Wellerson Mayrink/PSB, entregou para Keila Lacerda, dirigente da Secretaria Municipal de Educação/Semed, anteprojeto de ações pela paz nas escolas. Ele sugeriu providências alinhando os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.
O ato ocorreu durante a noite de 11/5, durante a Audiência sobre Segurança Escolar, na sede do Legislativo. A Mesa diretora promoveu o debate a pedido da vereadora Suellenn Fisioterapeuta/PV. Além de Keila, a superintendente regional de Ensino/SRE, Rosane Name dos Reis Fialho, prestigiou o evento ao lado de autoridades de segurança pública.
Wellerson abriu seu discurso desejando união de forças: "A escola não é local de produzir violência. Não podemos pensar somente na relação entre alunos, mas no vínculo deles e seus pais com professores e a comunidade com a escola."
Posicionando-se contra a violência física, emocional (incluindo o bullying e o cyberbullying) e material (furtos ou riscos para o patrimônio público), Wellerson disse que em cada caso a escola deve acionar o Conselho Tutelar e/ou a Polícia Militar.
Assinalando que os fatos extraescola repercutem na vida escolar pela complexidade das relações atuais na sociedade, ele defende o projeto sublinhando que é necessário avaliar se cada escola "está preparada para receber todas essas adversidades", entre elas:
– "Problemas, como pais separados, violência doméstica, estupro de vulnerável, sequelas da covid, doenças, morte em famílias e até enchentes."
No entender do vereador, além do aspecto estrutural – reforço de muros, instalação de cercas elétricas, contratação de porteiros, criação de protocolos -, a unidade escolar deve preparar os estudantes psicologicamente, inclusive com treinamento em caso de possíveis ataques.
Wallerson inquiriu se as escolas têm "rotas de fugas" para situações extremas, a exemplo de incêndio, e cobra fiscalização incisiva pelos bombeiros e proteção de seu patrimônio.
Para o vereador, o bem-estar no ambiente escolar passa ainda por: valorização dos profissionais da educação; evitar salas lotadas, sem professores de apoio; e capacitação dos mestres para enfrentar confrontos em situações de desrespeito.
O presidente da Câmara também ressaltou que na prática os professores já fazem a sua parte, muitas vezes adquirindo materiais didáticos, mas sofrem com cadeiras inadequadas para o seu conforto ou com o ambiente que afeta sua saúde mental, eventualmente já abalada pelo endividamento pessoal.
Wellerson lamenta que a folha de pagamentos dos professores da Educação Inclusiva informe que há 52 professores contratado e somente 8 efetivos. Ele cobrou concurso público e reforço do quadro de orientadores educacionais.
O vereador igualmente registrou que só agora o Executivo enviou à Câmara projeto para contratação de mais psicólogos e assistentes sociais. "Sinceramente, acho muito pouco a contratação de seis profissionais", declarou ele.
Ao defender a oitiva de educadores, funcionários e pais para equacionar as demandas escolares, Mayrink ponderou: "Não adianta consulta clínica apenas para detectar os alunos com problemas. Esta função até o professor já desempenha também. Precisamos de terapia continuada, num processo de longo prazo."
Wellerson acrescentou: "Os estudantes também são violentados quando ficam sem transporte adequado ou se submetendo a viagens longas, como ocorre no meio rural." Ele continuou:
"Precisamos, com urgência, adotar políticas públicas, orientações psicopedagógicas, cursos de capacitação e interação com os pais e responsáveis, pois educação é função dos pais. Na escola, os filhos adquirem conhecimento", declarou Wellerson ao relacionar estas sugestões.
– Acompanhem o desempenho dos filhos e o material que eles levam e trazem da escola; instalem "filtros" no acesso deles às redes de computadores; e implementem rotinas de arte, cultura, música, dança e esporte para ajudar a tratar a sua saúde física e mental.