Em mais uma vitória dos bancários, o Mercantil do Brasil garantiu aos representantes de seus funcionários, em 3/2, em reunião realizada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE-MG), em Belo Horizonte, que colocará fim ao processo de reestruturação.
A reunião ocorreu no mesmo dia da inauguração, em Ponte Nova, da agência da av. Francisco Vieira Martins, 915/Palmeiras. O endereço anterior, na esquina das ruas Benedito Valadares e Senador Antônio Martins/Centro, era tradicionalmente ponto bancário, pois ainda em 1o/1/1928 ali foi fundado e instalado o Banco Pontenovense.
Segundo nota do Sindicato dos Bancários de PN e Região, as mudanças que estavam em curso foram responsáveis pelo fechamento de oito agências, mudança de perfil de sete e, consequentemente, pela demissão de dezenas de bancários por todo o país, inclusive de trabalhadores acometidos por doenças ocupacionais e detentores de estabilidade provisória de emprego.
Durante a reunião, os dirigentes sindicais da Capital cobraram transparência da direção do Mercantil em relação à situação de seus funcionários e mais respeito para com os milhares de correntistas prejudicados pelo encerramento das atividades nas agências atingidas pela reestruturação.
Apesar de ter anunciado o fim da reestruturação, o Mercantil alegou que ainda será necessário o fechamento das agências Carioca e Cinelândia, no Rio de Janeiro. O Banco garantiu que não realizará demissão em massa e que seu objetivo agora é ampliar o número de agências, principalmente as de uso exclusivo para beneficiários do INSS.
Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato/BH, o anúncio do Banco ainda não traz tranquilidade aos trabalhadores e clientes da instituição. Esperamos mais do Mercantil do Brasil. Mais contratações e mais transparência nas relações com os trabalhadores e sindicatos, com o fim de projetos mirabolantes, que tanto aterrorizam clientes e funcionários, cobrou.
Já o funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato/BH Vanderci Antônio da Silva destacou que a pressão dos trabalhadores e sindicatos foi fundamental para o recuo do Banco em relação ao processo de reestruturação e demissão em massa.
Devemos continuar mobilizados e atentos em relação à extrapolação da jornada de trabalho e à cobrança por metas absurdas devido à redução de funcionários nas dependências atingidas. Nós, funcionários, não podemos nem devemos pagar por erros cometidos pela alta cúpula do Mercantil, afirmou Vanderci.