Ao fechamento desta notícia, às 12h desta terça-feira (20/3), fiscais do Procon/MG vistoriaram pelo menos cinco dos açougues de Ponte Nova. No meio da manhã, a fiscalização fechou a Casa de Carne Costa, na av. Dr. José Mariano, em Palmeiras, pela não apresentação do alvará da Vigilância Sanitária Municipal.
Nesta mesma avenida, foram recolhidos lotes de carnes em dois açougues: Casa de Carnes Cheloni e Casa de Carne Palmeiras. Pretendia-se percorrer todos os cerca de 60 açougues, sendo que 38 são vinculados à Associação dos Comerciantes de Carne de Ponte Nova/ACCPN.
Conforme apurado por esta FOLHA, a fiscalização é decorrente da Operação Boi Gordo, desencadeada pela Polícia Civil em dezembro/2017, que revelou esquema de venda e compra de carnes irregulares.
Fiscais do Procon vieram de Belo Horizonte atendendo demanda do Ministério Público de Ponte Nova e têm apoio da Polícia Militar para execução do trabalho em cada ponto comercial.
Pessoal da Vigilância Sanitária Municipal também atua neste trabalho de vistoria e recebeu já pelo menos 150kg de carne (de aves e bovinos) para que se proceda à devida análise sobre sua qualidade.
A Reportagem desta FOLHA apurou que a carne apreendida estava sem nota fiscal e/ou exposta para venda de forma irregular.
Está aguardada, para o final do dia, Coletiva de Imprensa sobre o balanço de tal fiscalização.
Reunião em fins de 2017
Conforme divulgado por esta FOLHA na edição de 2/2, comerciantes de carne e assessores municipais das 7 cidades pertencente à Comarca/PN (Acaiaca, Amparo do Serra, Barra Longa, Guaraciaba, Ponte Nova, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado) tiveram reunião, na noite de 30/1, com o promotor de Justiça de Ponte Nova Thiago Fernandes de Carvalho.
O encontro – organizado pelo Ministério Público/MP-PN, no auditório da Associação dos Municípios do Vale do Piranga/Amapi, sediada no bairro Pacheco, teve acompanhamento de dirigentes de órgãos fiscalizadores: Instituto Mineiro de Agropecuária/IMA, Procon e Polícia Militar do Meio Ambiente/PMMA.
A reunião serviu para anunciar que açougues e abatedouros seriam fiscalizados já nos próximos meses. Note-se que a fiscalização foi anunciada já em nov/2017, quando representantes do Procon/MG deram início ao trabalho de orientação aos comerciantes.
O promotor Tiago comentou que pesaram, na convocação para 30/1, “recentes denúncias de irregularidades – no abate e na venda – envolvendo a região. Todos queremos o melhor procedimento para evitar processos”, resumiu o promotor Thiago.
