A Câmara de Ponte Nova deve promover, em curto prazo, audiências sobre saúde (indicada por Guto Malta/PT) e transporte coletivo (indicação de Antônio Pracatá/MDB). Os dois temas provocaram intenso debate na sessão legislativa de 10/4.
Quanto ao transporte coletivo, a indicação partiu de Pracatá na condição de presidente da Comissão de Serviços Públicos Municipais. Ele discursou na reunião de 10/4 cobrando definição do processo licitatório de concessão do serviço de transporte de passageiros.
Na mesma sessão, Guto Malta indicou a necessidade de audiência sobre a crise na saúde. Ele falou logo após o discurso de Emerson Carvalho/PTB divulgando áudio enviado por cidadão reclamando da demora (das 15h30 às 21h7 de 7/4) no atendimento de sua esposa no Pronto-Socorro do Hospital Arnaldo Gavazza. A sobrecarga no Gavazza deve-se essencialmente ao fluxo de pacientes com suspeita de dengue, como esta FOLHA já divulgou.
O tema já dominou a sessão de 3/4 com veemente discurso de Suellenn Fisioterapeuta/PV e prevaleceu nas semanas anteriores. Guto citou “a angústia do povo sofrendo por conta da crise na saúde pública” e cobrou responsabilidade dos dois hospitais de PN. “Eles são contratados para serviços via Sistema Único de Saúde”, assinalou o vereador.
Emerson revelou que, conversando com o prefeito Wagner Mol/PSB, este mencionou a contratação emergencial de dois pediatras e expediente no Sammdu durante sete dias por semana. Ainda assim, Carvalho vê conveniência de a Câmara receber para debate a secretária de Saúde, Kátia Carvalho Irias.
Emerson referiu-se também a entendimentos do prefeito e da secretária de Governo, Sandra Brandão, para que o Hospital de Nossa Senhora das Dores disponibilize sua estrutura pediátrica, em caráter de urgência e emergência, via convênio com o Consórcio Intermunicipal de Saúde/Cisamapi.
Transporte de passageiros
No caso do transporte, Pracatá declarou: “Há mais de ano a Prefeitura libera subsídio – na faixa de R$ 300 mil – para a São Jorge AutoBus, seguem as reclamações de usuários do serviço e não se divulga o edital licitatório.”
Para Zé Roberto Júnior/Rede, é pertinente a cobrança de providências urgentes: “Eu cobro isso em todas as reuniões [da Comissão Municipal de Transporte Coletivo] e sempre respondem ‘fica para o mês que vem’, mas precisamos de resposta rápida.”
O vereador da Rede sugere a procura de especialista para estudo atualizado e detalhado da planilha de custos da empresa. Pondera ele por outro lado: “A gente pode exigir ônibus mais novos, mas devemos avaliar se estamos dispostos a pagar pelo investimento de alto custo.”
Zé Roberto continua: “Precisamos, contudo, pensar na eficiência do transporte de passageiros, inclusive no segmento escolar, que também exige alto custeio.” Ele conclui tecendo comentários sobre a complexa rede de atendimento aos estudantes, além dos moradores de comunidades rurais.