Quatro vereadores de Ponte Nova enviaram ofício, para Deborah Goldemberg, gerente do Programa Socioeconômico da Fundação Renova, reivindicando contratação de mão de obra também em nosso município, para compor frentes de trabalho de recuperação do lago e da barragem da Usina Hidrelétrica de Candonga. Esta ficou paralisada desde novembro de 2015, quando foi afetada pela lama da Barragem de Fundão, em Mariana.
A mobilização de Leo Moreira/sem partido, Hermano Santos/PT, Rubinho Tavares/PSDB e Sérgio Ferrugem/PRB ocorreu enquanto a Renova anunciou, na semana passada, o cadastramento de recursos humanos em Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, ambas também afetadas pela lama.
Os vereadores salientam que também Ponte Nova foi atingida, com a lama danificando áreas de sitiantes da localidade de Simplício, perto da comunidade de Chopotó, “sem contar os pescadores do distrito do Pontal. Eles ainda relatam danos no ecossistema e sublinham que o rio Piranga, que atravessa Ponte Nova, “tem sua importância reconhecida por ambientalistas na limpeza, oxigenação e repovoamento das águas da Bacia do Rio Doce”.
O oficio registra a reivindicação de se oficializar, na microrregião, a contratação de ponenovenses na proporção de 30% em relação ao pessoal a ser empregado em Rio Doce e Santa Cruz. “Salientamos que atuaremos também junto aos órgãos signatários do TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] e do TTAC [ermo de Transação e Ajustamento de Conduta], de forma a garantir o cumprimento das premissas e compromissos assumidos pela Fundação Renova, inclusive quanto à adoção das medidas de compensações sociais”, concluem os vereadores.
O TAC e o TTAC mencionados na carta foram firmados pela mineradora Samarco (dona da barragem), o Ministério Público, o Governo de Minas Gerais e a Fundação Renova, conjuntamente com outras instituições, visando à reparação adequada dos danos provocados pelo desastre ambiental.