Coordenador da Defesa Civil de Ponte Nova, Cícero Gomides anuncia que, no fim da manhã desta segunda-feira (2/3), comitiva formada por representantes de Ministério Público/MP, Defesa Civil Estadual, Instituto Mineiro de Gestão das Águas/Igam e Núcleo Emergencial Ambiental (ambos vinculados à Secretaria/MG de Meio Ambiente) visitam a represa que se formou nos dias recentes nas proximidades da comunidade pontenovense do Cunha.
A mobilização se deve à queda de encosta, na lateral de aterro da antiga ferrovia, a qual bloqueou a galeria que dava vazão às águas de um córrego. Com isso, iniciou-se represamento de água de chuva, havendo risco de ruptura do barramento. Segundo Cícero, com as seguidas chuvas, o local já acumula ao menos 22 mil metros cúbicos de água e a meteorologia indica continuidade do mau tempo.
Neste contexto, houve reuniões, a partir de 29/2, com o secretário de Desenvolvimento Rural, Heitor Raimondi, o promotor de Justiça curador do Meio Ambiente, Thiago Fernandes de Carvalho, e representantes de famílias potencialmente atingidas. Segundo Cícero, houve providência preventiva de remoção de dez famílias que moram abaixo da encosta.
“São três famílias no Sítio Santana, três no Sítio da Vargem e quatro na rua principal da comunidade de Massangano”, revelou Cícero na manhã desta segunda-feira. Também segundo ele, não há por enquanto risco do rompimento, o que levaria a água para o ribeirão Vau-Açu, e “ainda é prematuro” o alerta para a Vila Oliveira e o bairro Santa Tereza, por onde o ribeirão passa antes de desembocar no rio Piranga, no Centro de Ponte Nova.
A divulgação da formação da represa surgiu no grupo Ribeirinhos do Piranga/WhatsApp, onde o seu coordenador, Paulinho Carvalho, divulgou fotos do local. Ele divulgou igualmente áudio de 1°/3, no qual Heitor Raimondi confirma a retenção de grande volume de água, indicando o preventivo abandono de moradias situadas abaixo da encosta.