Presente na Câmara de Vereadores na noite dessa quinta-feira (7/2), Bruno de Oliveira do Carmo/dirigente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Semam falou sobre a gestão do Parque Natural Municipal Tancredo Neves (Passa-Cinco) e principalmente sobre a polêmica envolvendo o corte/transplante de ipês na praça Dom Helvécio, no bairro Guarapiranga.
Em relação à praça, Bruno alegou que o objetivo principal é a redução do diâmetro da rotatória da praça para facilitar a mobilidade, especialmente de veículos de grande porte. Ele garantiu que a Semam atuou de forma regular para equacionar a possibilidade de transplante/corte das árvore, seguindo todas as “medidas legais” para a regulamentação do processo.
Ele revelou que em 6/2 uma comitiva da Prefeitura reuniu-se no Ministério Público da Comarca, encaminhando à Promotoria de Justiça a documentação referente ao procedimento proposto. Note-se que em 2/2, quando houve protesto contra o corte dos ipês (leia aqui), ativistas informaram que houve denúncia do caso perante o MP.
Concluindo disse: "A Prefeitura procura trabalhar em prol do meio ambiente e, na hipótese de corte ou transplante, já decidiu pela compensação ambiental da seguinte forma: para o exemplar de ipê roxo haverá plantio de 30 novas árvores. Para o exemplar de ipê amarelo, anuncia-se o plantio de cinco novas árvores."
O depoimento de Bruno foi acompanhado, nas redes sociais, pelo grupo “Respeite o Ipê Amarelo”, e nas horas seguintes surgiu proposta de se protocolar pedido de audiência com o prefeito Wagner Mol/PSB com a sugestão de transplantar as árvores para o centro da referida praça. Em breve publicaremos os questionamentos feitos pelos vereadores.
Parque Passa-Cinco
Bruno informou aos vereadores que, quando assumiu a gestão da Semam, em janeiro de 2017, encontrou o Parque “em situação muito difícil, com problemas de segurança, episódios de vandalismo, incêndio e roubo de mudas do viveiro”.
Ele declarou que o município não tem recursos financeiros para resolver estas questões. Disse que “não adianta a Prefeitura revitalizar o viveiro, se não houver investimento em segurança armada ou monitoramento. Orçamos o serviço de segurança armada em R$ 45.000,00 mensais”.
Outro problema encontrado pela atual gestão foram os pontos de descarte de lixo irregular. Segundo Bruno, rotineiramente o seu pessoal providencia limpeza, coleta de entulho e plantio de árvores, enquanto a Administração Municipal busca alternativas de gestão do Parque.
Ele próprio esteve em São Paulo, em 2018, visitando o Instituto Semeia (www.semeia.org.br), e pondera: "O cenário, porém, para execução de parceria público-privada similar à de São Paulo foge da realidade do município."
Conforme Bruno, o Parque Passa-Cinco está entre os espaços disponíveis no Projeto de Adoção de Praças (www.pontenova.mg.gov.br/adocao-de-pracas/), com a Semam tendo firmado parceria com o DEER/MG, o qual precisa investir em medida compensatória por conta de obras em estradas, devendo por força disso arborizar ao menos cinco mil hectares.
