Na Semana da Mulher, esta FOLHA enviou duas perguntas para Irmã Neuza Maria Freitas, diretora Institucional da Escola Nossa Senhora Auxiliadora
FOLHA – Considerando o Dia Internacional da Mulher (8/3) e o Ano do Sesquicentenário de Ponte Nova, quais são as reivindicações que você prioriza como forma de otimizar a inclusão feminina na vida política e social de nosso município?
Irmã Neuza – A representatividade feminina na vida sociopolítica da cidade de Ponte Nova é bastante significativa: são ótimas educadoras, profissionais liberais, escritoras, mães e avós, que contribuem para a formação ética, cristã e política das gerações. Dar voz às mulheres tornou-se necessidade, porque o grupo é visto como minoria, sem postura política. Será? Talvez seja pequena a participação partidária, mas o engajamento político, ético e social existe. Reivindicam-se o reconhecimento e a valorização da mulher nos processos sociopolíticos desenvolvidos na sociedade.
FOLHA – Considerando o período que antecede a campanha pró-eleições municipais de outubro, como explicar as poucas candidaturas femininas vitoriosas e como criar ambiente para maior inserção das mulheres na vida político-partidária?
Irmã Neuza – O envolvimento político-partidário das mulheres tem-se tornado mais expressivo: uma sociedade conservadora, que ainda vê a mulher apenas como “Gênero”, esquece-se de que o Gênero Feminino vem garantindo seu espaço na sociedade através de suas escolhas, ações de gestão humanizada e eficiente, empreendimentos socioculturais e econômicos, fatos que garantem competência para gerir municípios, estados e nação. Inserir a mulher na vida político-partidária é um processo de construção da consciência política de um povo. O simples fato de ter um espaço para candidatura não garante a credibilidade que leve à consumação da eleição. O que fazer? Educar, educar. Educar, de forma perseverante, para que as jovens futuramente possam ocupar tais espaços.