A Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação (Semash) organizou, nessa segunda-feira (19/5), caminhada para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado oficialmente em 18/5.
Participaram cerca de 300 pessoas – entre representantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/Apae, do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social/Creas, do Conselho Tutelar e do Centro de Referência de Assistência Social/Cras e estudantes da EE Professor Antônio Gonçalves Lana.
No trajeto – entre o Ginásio Poliesportivo do Esporte Clube Palmeirense, no bairro Guarapiranga, até a praça de Palmeiras, houve apitaço, faixas e cartazes chamando a atenção da população. É necessário o fortalecimento das ações de enfrentamento da problemática da violência sexual contra crianças e adolescentes e para desenvolvimento da responsabilidade em relação ao tema, que não é só do governo e dos órgãos garantidores de direitos, mas de toda a sociedade, disse Hermano Luís dos Santos, dirigente da Semash.
Durante a caminhada, foram distribuídos cartazes a serem afixados no comércio e exemplares do Estatuto da Criança e do Adolescente. No ato público, os participantes pintaram as mãos de vermelho e deixaram impressas suas marcas na faixa com a frase Faça bonito: lembrar é combater!
Presente na caminhada, o prefeito Guto Malta/PT destacou a importância de levantar essa pauta, principalmente porque o Brasil, palco de grandes eventos internacionais, está sendo vendido como paraíso sexual. Temos que estimular o encorajamento da população para enfrentar e denunciar esse tipo de exploração sexual, fazendo com que crianças e adolescentes sejam protagonistas da história de seus direitos, ressaltou.
Para Hermano, é preciso chamar a atenção da comunidade para o problema, que às vezes é tratado de maneira velada. O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes existe, mas a luta deve ser diária e permanente, completou.
Segundo dados do Conselho Tutelar/PN, de abril deste ano até meados de maio, cinco casos de abuso sexual foram comprovados em PN. O número, no entanto, não reflete a realidade, uma vez que as pessoas ainda têm receio de denunciar. É importante levarmos ao conhecimento público que as centrais de recebimento de denúncias resguardam o anonimato dos denunciantes, reforçou a coordenadora do Cras, Lílian Lopes Ferraz.
As denúncias devem ser feitas preferencialmente ao Conselho Tutelar de Ponte Nova (3817-1990 e 8793-8446) e ao Disque 100, mas também às Polícias Militar e Civil e ao Ministério Público.