Servidores das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Rural/Sedru e de Obras/Semob aderiram parcialmente à paralisação de advertência desencadeada hoje, quinta-feira, 28/4.
Pela manhã, esta FOLHA flagrou o movimento paredista de servidores na portaria do Pátio Municipal, no bairro Triângulo. Um dos servidores – que preferiu não se identificar – protestou pelo fato "de o atual Governo não ter dialogo nem compreensão com as reivindicações dos trabalhadores".
Esta FOLHA ouviu reclamações de pais de estudantes que levaram seus filhos para a escola – não mencionada ao telefone – e não encontraram professores em sala de aula. "Faltou comunicação conosco", enfatizou uma mãe.
No fechamento desta notícia, aguardava-se avaliação municipal e dos trabalhadores (estes marcaram concentração na praça de Palmeiras, a partir das 15h) sobre a paralisação de advertência, convocada na véspera (27/4) pelo Sindicato dos Servidores Públicos/Sindserp. Reivindicam-se, desde jan/2016, reajuste de 10,67% (inflação/2015) mais 10% de “ganho real”.
O movimento foi anunciado “diante da irredutibilidade” do prefeito Guto Malta/PT, que “insiste” em não conceder correção salarial. De fato, o Executivo aplicou o índice de 11,57% apenas para atualização de quem ganha o salário mínimo nacional, atendendo cerca de 1/3 dos seus 2.300 servidores. O Executivo ratificou, em informes recentes, a impossibilidade de atender a reivindicação da categoria, considerando a tendência de queda das receitas.
Nesta semana, o Sindserp lamentou em nota “a atitude de certos representantes do Executivo Municipal que fazem ameaça de demissão contras servidores contratados e aqueles que estão em regime probatório, além de outras formas de intimidação, afrontando, claramente, os direitos legais do funcionalismo”.
Inquirida por esta FOLHA, a Administração Municipal foi lacônica: “O Sindicato fez a comunicação dentro das regras: respeitam-se a paralisação e os servidores que a ela aderirem.”