O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e de Autarquias de Ponte Nova/Sindserp adiou o protesto marcado para a tarde dessa terça-feira, 21/6, contra o "reajuste salarial zero" decidido, desde jan/2016, pela Prefeitura de Ponte Nova.
O presidente, Geraldo Jannus, disse a esta FOLHA que a "Comissão de Greve", recentemente instituída, considerou pequeno o prazo de preparação (o anúncio do protesto ocorreu em 16/6, na Tribuna Livre da Câmara) e tinha reunião marcada para a noite de ontem, quinta-feira (23/6), com a pauta de agendar a próxima manifestação, pretendendo que seja similar à de abril (foto).
O Sindicato apresentou, em janeiro, reivindicação de 10,67% a título de reposição da inflação de 2015 e mais 10% de “ganho real” para todas as faixas salariais. Em contrapartida, já em março, a Administração/PN concedeu apenas 11,57% para atualizar o piso remuneratório de quem ganha o salário mínimo nacional (atendendo 30% dos cerca de 2.300 servidores). A argumentação é a de que a arrecadação da Fazenda Municipal é decrescente desde 2015.
Ao lado do advogado Marconi Cunha, Geraldo disse, no plenário do Legislativo, que na marcação dos protestos e paralisações de advertência, "vamos tomar todos os cuidados necessários para cumprir a legislação e causar o menor impacto possível na vida da sociedade. Mas precisamos chamar a atenção da população, do Executivo e das autoridades para a gravidade do nosso problema".
De outro lado, pondera a Prefeitura: "Como o quadro de crise financeira de nosso Município, à semelhança do que está ocorrendo pelo país afora, em nada se alterou, a Administração Municipal mantém a decisão de adiar qualquer reajuste geral, comprometendo-se, de outro lado, a tomar tal iniciativa tão logo tenha dados concretos sobre a melhoria nesta situação, o que poderá, a todo tempo, via Mesa Permanente de Negociação, ser monitorada pelo Sindserp."