A Assessoria de Comunicação da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga/Assuvap divulgou, na semana passada, entrevista com João Carlos Bretas Leite. Ele é ex-presidente da entidade e preside a Cooperativa dos Suinocultores de Ponte Nova e Região/Coosuiponte e a Associação dos Suinocultores de Minas Gerais/Asemg.
No registro do jornalista Pedro Carvalho, relata-se a trajetória de João desde a adolescência, seguindo os passos de seu saudoso pai, o gramense Hamilton Moreira Leite, considerado o pioneiro da suinocultura de confinamento em nossa região, a partir de 1962, com investimento na Fazenda Água Limpa, em Jequeri.
Além de João, seus irmãos José Ricardo e Afrânio seguiram os passos de Hamilton, falecido em 30/6/2016, aos 96 anos, na condição de presidente de honra da Assuvap. “A suinocultura está intrinsecamente ligada à história de nossa família”, declarou João Leite ao lembrar a primeira metade dos anos 1960 e a perseverança paterna. “A paixão que tenho pela suinocultura aprendi com meu pai”, diz ele.
“A granja era pequena, meu pai iniciou com 60 matrizes, e a vida toda foi aumentando um pouquinho, assim como toda a suinocultura da região. Havia muito companheirismo entre todos eles, as pessoas que começaram eram muito companheiras, a atividade foi crescendo”, informa João Leite ao revelar que hoje a Água Limpa tem 1.300 matrizes, 50 funcionários e processos tecnificados de manejo.
Exemplifica ele: “Quem trabalha no setor hoje sabe que é preciso estar em constante renovação de conceitos, investimento em genética na busca por tecnologias que agreguem valor ao nosso negócio. Neste contexto, a granja possui biodigestores para cogeração de energia em parceria com a Cemig. Somos autossuficientes em energia. São geradores em cinco padrões e um sistema que evita a falta de energia nos principais serviços. Não ficamos sem água, luz e sem processar ração.”
João Leite exalta a consolidação do setor suinícola regional e o respaldo da Assuvap e da Coosuiponte. Ele aposta no associativismo, também seguindo os passos de seu pai, que “era companheiro de todo mundo, não guardava tecnologia ou conhecimento para si".
O desafio de João Leite, nestes dias, é conciliar suas variadas tarefas, dividindo o tempo de trabalho entre sua granja e a defesa da suinocultura mineira. “Neste fim de ano, vamos sentar com dirigentes de outras Associações Regionais e fazer o planejamento para os próximos anos”, conclui ele.