Depois de passar por reformas num de seus trechos desde meados do ano passado e ter o trânsito interrompido em pelo menos três oportunidades, a av. Arthur Bernardes foi reaberta para o trânsito de veículos no fim da tarde de 25/1. Moradores das imediações telefonaram para esta FOLHA reclamando da falta de bueiros nas duas laterais do novo asfalto.
A informação da Secretaria Municipal de Obras, que planejou a liberação do fluxo de veículos. De acordo com secretário Wagner Moura, o Departamento Municipal de Trânsito/Demutran tomou as medidas para normalizar o tráfego que, com a liberação da obra, deve fluir com mais tranqüilidade depois da interdição da ponte da Barrinha, na semana passada.
O Demutran ainda reforça que, com a liberação do trecho que estava interditado, a ponte do Banco do Brasil volta a ser mão única.
A empresa Conterplan/Mariana, responsável pelo asfaltamento do trecho de cerca de 50 metros, interrompeu o trabalho inaugurado em 30/10/2012 em fins de novembro por danos no piso. Nossa reportagem conversou, na época, com o engenheiro civil da empresa Rômulo Ney Cerceaux Rola.
De acordo com Rômulo, a Conterplan executou projeto apresentado pela Prefeitura Municipal/PN, o qual se mostrou inadequado para o tráfego do local. Essa realidade foi confirmada por estudo técnico assinado pelo professor Gilberto Fernandes, da Universidade Federal de Outro Preto/Ufop. Quando conseguiram a verba, fizeram um projeto muito rápido, e ele ficou inadequado: acredito que eles (representantes da Prefeitura) tentaram usar projeto de outro lugar aqui. Não fizemos nada diferente do previsto na planilha, garantiu Rômulo.
Segundo o então secretário/PN de Planejamento, Carlos Tiago Azevedo, de fato, o laudo da Universidade Federal de Ouro Preto/Ufop aponta inadequações no projeto, que é da empresa Polo Engenharia, conforme previsto no convênio com a União, e não da Prefeitura. Vale dizer que o projeto é o mesmo que referenciou a recuperação do trecho da praça dom Parreira Lara, perto dali, onde não houve problemas com o piso, acrescenta Carlos Tiago.
Conforme o secretário, que falou a esta FOLHA em 27/12, o laudo da Ufop informa que a empreiteira usou argila de má qualidade. Segundo ele, a demora na conclusão da obra foi explicada à fiscalização federal, que esteve na cidade há 10 dias. Em 10/1 previa-se uma semana de prazo – a depender do bom tempo – para conclusão da obra. Dirigente da Secretaria Municipal de Obras, Wagner Soares Pinheiro Moura disse a esta FOLHA que num encontro com representantes da empresa e da Polo Engenharia, responsável pelo projeto, acertaram-se o cronograma e a mudança na forma de compactação do solo a ser asfaltado, a começar pelo uso de pedra na base do piso.
Wagner salienta que a obra, custeada pelo Governo Federal, já foi quitada em 2012 e não procedem boatos de aditivo de mais R$ 400 mil pelo serviço.