Discursando em 10/5 na Câmara, Wellerson Mayrink/PSB lamentou a demora do Executivo em sancionar projeto legislativo prorrogando o pagamento de tributos municipais e concedendo demais benefícios fiscais: “É um absurdo, passou por esta Casa, foi votado pelos 13 vereadores, por unanimidade, nós tivemos um secretário dando palestra por videoconferência, e até agora não fomos reconhecidos pelo Governo.”
Mayrink criticou a política municipal de divulgação de atos da Prefeitura quanto ao enfrentamento da Covid-19: “Uma coisa que não está tendo é transparência. É uma dificuldade muito grande para nós, vereadores, fiscalizar o Poder Executivo quando ele não é transparente.”
Por outro lado, o vereador defendeu a aplicação de parte dos recursos destinados ao enfrentamento da pandemia no setor de Atenção Básica em Saúde. "O povo precisa de Saúde", disse ele reiterando sua proposta de extensão do atendimento no Sammdu em cada dia e nos fins de semana.
“Por incrível que pareça, 74,5% do dinheiro que veio para combater a Covid já foram aplicados nos dois hospitais da cidade {…}. Gostaria de que pelo menos 25,2% desse dinheiro fossem aplicados na Atenção Básica”, declarou Wellerson.
Ele voltou a cobrar o pagamento de 40% de insalubridade aos profissionais da saúde e a implantação de programa municipal para, no período pós-Covid, tratar pessoas com sequelas da doença, conforme propôs Suellenn Monteiro/PV em data recente.
O outro lado
Sobre o discurso de Wellerson, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura respondeu a esta FOLHA com um “nada a declarar”.
Com relação à proposta de adicional de insalubridade, o prefeito Wagner Mol/PSB assim informou à Câmara:
“A insalubridade paga a um funcionário não é um incentivo, mas sim um pagamento a quem labora em condições insalubres. Para se chegar ao valor do adicional, ocorre levantamento ambiental, ou seja, avaliação de campo para definir se o trabalhador está exposto a insalubridade de grau máximo ou não.”
Neste sentido, continua Wagner, “a empresa vencedora da licitação, a MC Medicina e Consultoria Ocupacional, já está fazendo visita ‘in loco’ para viabilidade das propostas de insalubridade”.