Falando na Câmara Municipal de Ponte Nova, em 29/5, Rubinho Tavares/PSDB pediu – e obteve – vista de 7 dias para o projeto do vice-presidente Carlos Montanha/PMDB (com aval de Sérgio Ferrugem/PRB, Antônio Carlos Pracatá/PSD, Machadinho/PT do B e Chico Fanica/Rede) incluindo o serviço de mototáxi no sistema de transporte coletivo municipal.
O tema estava na pauta, e um grupo de mototaxistas esteve no plenário. “Preciso me aprofundar mais no assunto, a fim de que a votação da matéria não gere dúvidas ou equívocos”, disse Tavares.
Montanha dirigia a sessão e justificou a regulamentação do serviço (prevista em lei municipal de 2009): “O número de mototaxistas tem crescido muito, e é preciso que haja capacitação e cadastro dos condutores, entre outras medidas, para garantir segurança aos motociclistas e passageiros.”
O debate sobre este tipo de transporte é bastante oportuno, pois, embora o transporte seja considerado ilegal, não há repressão municipal. Por outro lado, na edição passada desta FOLHA, com uma completa reportagem sobre a expectativa de reajuste do transporte coletivo municipal, uma usuária dos ônibus declarou o seguinte:
"Se a tarifa subir [para R$ 3,10, como propõe a São Jorge AutoBus], talvez compensará recorrer ao mototáxi [com corrida básica a partir de R$ 4,00]. O mototáxi é mais rápido, consegue circular mesmo quando o trânsito está ruim, não me faz esperar, não atrasa como o ônibus, e assim poderei chegar a tempo nos meus compromissos por um preço quase que similar.”