Desde 8/11, tramita na Câmara de Ponte Nova projeto do prefeito Wagner Mol/PSB regulamentando a redução da tarifa do transporte coletivo e concedendo subsídio à São Jorge AutoBus, como forma de manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão.
A novidade chega à Câmara sem citar valores. No projeto, Wagner diz que o preço da passagem e o total subsidiado serão fixados por decreto. Em vídeo de 1º/10, o diretor do Departamento Municipal de Trânsito/Demutran, Lucas Aguiar, antecipou a tarifa reduzida de R$ 3,10 para R$ 2,50 a partir de 1°/12.
Por outro lado, a Administração Municipal já oferece subsídio de cerca de R$ 200 mil/mês para a São Jorge, o que indica aumento deste valor. "Com demanda estimada de 206 mil passageiros/mês, o valor subsidiado será de cerca de R$ 500 mil/mês", disse Lucas para esta FOLHA.
No seu projeto, Wagner Mol informa que o "subsídio será calculado com base na planilha tarifária contratual de equilíbrio entre receitas e custos de exploração do serviço e do valor da tarifa reduzida, mediante análise do Demutran e da Comissão Tarifária Municipal".
O chefe do Executivo se refere a "crescentes dificuldades do transporte coletivo em cenário agravado pela queda de passageiros durante a pandemia da Covid, em detrimento do aumento dos custos operacionais e da concorrência cada vez mais acentuada do transporte por aplicativo, mototáxis e bicicletas".
Continua Wagner Mol: "Tais fatos resultariam na necessidade de elevação da tarifa a níveis incompatíveis com a capacidade de pagamento por parte dos usuários, o que resultaria em queda maior ainda do número de passageiros, estabelecendo-se círculo vicioso que acabaria por inviabilizar o sistema de transporte."
No entender de Wagner, para romper com esta expectativa negativa, "prevemos, no processo licitatório do setor [em tramitação], dotar sistema de alterações resultantes de estudos e simulações desenvolvidos por empresa especializada para adequar o sistema a um novo projeto de operação, que contemple novas demandas decorrentes do desenvolvimento urbano, a exemplo de novos bairros e comunidades rurais, de forma atrativa e competitiva em relação aos meios alternativos de transporte".
O prefeito conclui: "Assim é que providenciamos a prorrogação contratual com a atual concessionária, já prevendo incrementos tecnológicos e operacionais que tenderão a reequilibrar o sistema juntamente com a redução tarifária, cuja premissa é alavancar a demanda e gerar mais receitas, reduzindo gradualmente o nível dos subsídios."
Vereadores debatem
Ainda sobre a São Jorge, José Osório/PSB cobrou em 8/11, do Executivo e da empresa, a melhoria do atendimento aos cadeirantes, considerando que não circulam mais os ônibus com elevador em funcionamento.
O vereador do PSB se dispõe a cobrar, na nova licitação, que se "contemplem acessibilidade e atendimento a mais bairros, com mais itinerários e horários”. Já Guto Malta/PT esclareceu: “Se renovar-se a frota, quanto mais exigirmos carros novos, mais linhas, ar-condicionado e trocador, maior será o custo da tarifa.”