Nessa sexta-feira (12/3), o presidente da Câmara, Antônio Pracatá/MDB, convalidou o requerimento de cinco vereadores que apontam a necessidade de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito/CPI para investigar a vacinação anticovid em Ponte Nova. O termo foi publicado na mesma data no site do Legislativo.
A proposta foi do presidente da Comissão Especial/Covid, Wellerson Mayrink/PSB, ao final da reunião da véspera (transmitida ao vivo pelo Facebook da Câmara), na qual ratificou críticas à postura municipal no encaminhamento da vacinação anticovid. Ele assinou o requerimento ao lado de outros integrantes dessa Comissão: Emerson Carvalho/PTB, Suellen Monteiro e Wagner Gomides/amos do PV.
Aninha de Fizica/PSB integra a Comissão, é líder do Governo na Câmara e não assinou o pedido de CPI. Ela disse, na reunião de 11/3, que concorda em enviar denúncia ao Ministério Público, mas considera que “não é hora de CPI”.
Logo surgiu, na publicação da Câmara, o nome de Sérgio Ferrugem/Republicanos e José Roberto Júnior/Rede como 5º e 6º requerentes. Em 12/3, todavia, Sérgio pediu a retirada de sua assinatura.
Nossa Redação ouviu, na manhã desta segunda-feira (15/3), a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, recebendo informe de que “não fomos notificados sobre o assunto”.
Na manhã desta segunda-feira, havia expectativa de manutenção (ou não) das cinco assinaturas para oficialização do requerimento na sessão legislativa das 18h.
Os motivos
A meta da CPI, conforme o Requerimento n° 44, divulgado no site da Câmara, é investigar suspeita de irregularidades na distribuição e aplicação das vacinas anticovid. O texto subscrito primeiramente por Wellerson aponta indícios de “desrespeito aos critérios de prioridade e ausência de controles de forma a garantir lisura, transparência e regularidade no cumprimento do Plano de Contingência”.
A Comissão assinala ainda suspeita de irregularidades nas informações prestadas pela Secretaria Municipal de Saúde/Semsa, bem como nos relatórios de aplicação (inclusive dos hospitais) de imunizantes, “conjugadas com as diversas denúncias recebidas na Ouvidoria do Legislativo”.
O requerimento aponta a possível vacinação de diversos profissionais administrativos operacionais não relacionados a serviços de saúde e/ou da linha de frente da Covid/19. Citam-se ainda “a imunização de servidores e funcionários aposentados e a suspeita de adulteração na lista de vacinados, o que sugere não só desrespeito ao Plano, mas suposta falsificação”.
Em data recente, a Comissão especial citou a relação de ao menos dois casos de mesmo nome de servidor em duas listas. Em 4/3, os vereadores mencionaram a vacinação, no Asilo Municipal, de Celianna Harmendani Drumond, a qual, como esta FOLHA confirmou, morreu em 16/8/2017, aos 70 anos.