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Vereadores seguem criticando a falta de planejamento em obras inacabadas

Repercutiu na Câmara em 1o/8 reportagem da edição passada desta FOLHA com declarações do vereador Wagner Gomides/PV e réplica do dirigente da Secretaria Municipal de Obras/Semob, Luizinho Borges (leia abaixo a resposta do secretário).

No centro do debate, a demora na obra de rede pluvial que obstrui, há mais de dois meses, as ruas Santa Maria Mazzarello e Dom Luiz Lasagna/Nossa Senhora Auxiliadora. Gomides esclareceu que sugeriu à Semob a duplicação do número de operários para abreviar os transtornos.

“O secretário não me respondeu via WhatsApp e indelicadamente me replicou na FOLHA”, disse o vereador para continuar: “Ele poderia dizer que as sugestões não são tecnicamente viáveis, mas disse que eu não acompanho a Semob e não sei da disponibilidade das equipes.”

Enfatizou Wagner: “Não preciso ser técnico para perceber que carecem de planejamento as obras inacabadas em diversos bairros. Vários servidores estão em desvio de função, como consta no recente relatório da nossa Ouvidoria, e faltam calceteiros (são 16 vagas e temos 5 trabalhadores), o que mostra falta de planejamento.”

Sobre a comparação entre obras e pedagogia, o vereador declarou: “O secretário atingiu a classe dos educadores, pois o planejamento pedagógico precisa de dedicação e estudo. Já as obras são mudadas a qualquer custo, sem se preocupar com o quanto isso vai onerar o município e o nosso povo.”

Pedido de retratação

Segundo Wellerson Mayrink/PSB, Luizinho deveria retratar-se perante Gomides e o magistério: “É com imensa indignação que me manifesto sobre o despreparo do secretário de Obras. Ele se mostrou irresponsável, inconsequente e preconceituoso com os educadores. Isso é inaceitável. Ele esqueceu que, para chegar aonde chegou – a engenheiro -, dependeu da dedicação do professor que lhe ensinou o beabá e os cálculos.”

Suellenn Fisioterapeuta/PV também cobrou a conclusão de obras e mencionou buraco na rua José Soares Filho/Pacheco, o qual “aumenta a cada dia, nos últimos dois meses, e já ocupa metade da pista”.

Solidariedade

Guto Malta/PT registrou a solidariedade do Bloco Voz Ativa [ele e mais seis vereadores] com Wagner Gomides: “Luizinho deveria ter humildade e admitir as dificuldades para gerir várias frentes de trabalho. Deveria reconhecer que temos deficiência de servidores.”

O petista focou no demorado serviço da rede pluvial do bairro Santo Antônio: “É uma vergonha, especialmente no quarteirão da Escola Estadual Carlos Trivellato. Há 55 dias, o maquinário do asfaltamento está parado na rua Santo Antônio, onde sobram buracos e poeira.”

Para Sérgio Ferrugem/Republicanos, houve “infelicidade” na resposta de Borges. De fato, segundo este vereador, “são inúmeras as nossas indicações e recebemos resposta de que haverá levantamento, mas não há planejamento ou cronograma para mostrar à população”.

Cobrança de padre

O presidente Antônio Pracatá/MDB concordou com os que o antecederam. “Falta, sim, planejamento para início e fim de cada obra”, disse ele, referindo-se ainda à situação de serviço inacabado na rua Luiz Martins Soares Sobrinho, no bairro de Fátima.

Pracatá também revelou que, durante a missa das 19h30 de 31/7 (domingo), na Igreja Matriz da Paróquia São Pedro, em Palmeiras, todos olharam para ele quando o padre Sérgio dos Anjos se referiu às condições precárias de rua do bairro de Fátima e inquiriu: “Não temos vereador nesta cidade?”

O presidente da Câmara concluiu declarando que explicou ao padre, após a missa, o quanto os vereadores se empenham por melhorias, cuja execução, porém, depende da Prefeitura.

Luizinho responde

Procurado por nossa Reportagem, Luizinho Borges explicou a atuação da Semob: “A respeito da comparação entre obras e planejamento pedagógico, jamais foi para desmerecer uma profissão ou outra. Foi apenas uma comparação: o planejamento pedagógico é feito anualmente, enquanto nas obras todo dia temos um imprevisto: uma máquina que se quebra, um funcionário que se ausenta, temos as chuvas e por aí vai.”

Borges nega desrespeito à classe dos educadores, referindo-se à sua formação e ao fato de ser, “com muito orgulho, filho de uma professora”. Salienta ele: “As obras de drenagem, efetivadas desde o 1o mandato [do prefeito Wagner Mol/PSB], são importantes, embora não sejam vistas com bons olhos por alguns políticos e por isso não as fazem, pois não são eleitoreiras, devido aos transtornos causados (poeira, imprevistos diários em tubulações existentes).”

Luizinho assim pondera: “Tais frentes de trabalho são de reestruturação da rede pluvial e, de fato, vão resolver o problema e estão resolvendo, pois já executamos muitos quilômetros de redes em pontos críticos da cidade. Geramos, sim, transtorno, mas viemos para resolver e vamos continuar fazendo. Só sabe o valor da melhoria quem mora em um local que sofre com alagamentos, manutenções quase que mensais.”

Concluindo, ele desabafa:  “O vereador que quer resolver problemas de verdade, sem fazer politicagem, deve ir até a Semob. Estou aqui todos os dias para dialogar e explicar a realidade de cada serviço, pois trabalho ali, e não no Facebook e no WhatsApp.”

 

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