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Marcou-se, para as 14h de 26/6, na Câmara Municipal, reunião de representantes do Executivo, do Legislativo, da Conata Engenharia e da Caixa Econômica Federal/CEF.

Nº 1.868 – 20 de Junho de 2025

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‘Autoconhecimento no enfrentamento da homofobia’

"Como já é do conhecimento dos leitores, estamos no Mês do Orgulho LGBTQIAP+ e, além de modificarmos a nossa logo com as cores do arco-íris, trazemos matérias específicas abordando o assunto como forma de contribuir com a boa informação sobre estas questões. Hoje contamos com a contribuição do pontenovense Guilherme Belmiro, que vai além em seu posicionamento compartilhando um pouco da sua vivência gay."
Assim Ademar Figueiredo registrou, na coluna Arte & Cultura desta semana, o depoimento de Guilherme Belmiro. Confira a seguir:
 
"Aos 23 anos, finalmente consegui me aceitar como um homem gay e aos 28, em 2019, afirmei publicamente a minha sexualidade. Quis começar esse texto partindo do momento em que minha vida passou a mudar. Recordo-me da adolescência, com os hormônios à flor da pele, quando é comum vivermos nossas primeiras experiências amorosas: o beijo dado às escondidas no seu par durante a festa junina ou um olhar diferente para a pessoa por quem você sentiu atração. Eu não vivi nada disso, foi-me negado. Para muitos, isso pode ser algo banal, mas para nós, LGBTQIAP+, é uma das formas de silenciamento da nossa existência. Já pensou não ter o direito de amar?
 
Ao me conhecer melhor, fui em busca de alguns objetivos, dentre eles a minha vontade em ser candidato a vereador. Durante a campanha de 2020, tive a oportunidade de conhecer diversas histórias de vidas, sendo possível compreender que cada um vive uma experiência diferente ao ser LGBTQIAP+ no Brasil: por exemplo, a falta de alguns medicamentos e de médicos especializados para cuidar de homens e mulheres trans pelo SUS.
 
Ainda durante a caminhada eleitoral, pude ver de perto a homofobia no ambiente político, quando alguns eleitores afirmaram que não poderiam votar em mim por eu ser gay.
 
Durante minha vivência, percebi, por causa dos vários traumas pelos quais passei, a necessidade de buscar ajuda de algum profissional da área da saúde mental. Ao fazer terapia, você passa a se fortalecer por meio do autoconhecimento, importante auxílio no enfrentamento da homofobia em nossa sociedade. 
 
Sobre esse assunto, o coletivo #VoteLGBT, em parceria com o Escritório de Cultura e Inovação Box1824, realizou um levantamento em 2021 constatando que 55% da população LGBTQIAP+ foram diagnosticados com o risco de depressão no nível mais severo.
 
Quando olho para trás, não acredito em tantos momentos de aprendizado que tive no decorrer da minha caminhada. E por causa de tudo que passei, entendo que é importante sentir orgulho por sermos LGBTQIAP+ e saber que somos sobreviventes ao enfrentarmos uma sociedade que tenta nos impor a heteronormatividade. Ao sabermos quem somos, fica muito mais fácil determinar quais caminhos desejamos seguir, seja na vida profissional ou na pessoal. Ganhamos confiança em nossas ações e coragem para enfrentar nossas batalhas diárias e passamos a não admitir nenhum tipo de retrocesso."
 
Um pouco mais de informação
 
Destacamos ainda o trabalho da AIDS Healthcare Foundation/AHF Brasil. Segundo consta no site da entidade, trata-se da maior organização global que trabalha para garantir prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV/Aids  para todas as pessoas, sem importar sua condição econômica. Fundada em 1987, está presente em 45 países.
 
  Acesse www.ahfbrasil.com.br e conheça um pouco mais sobre esta ONG. Do @ahfbrasil, destacamos:
 
'AHF Brasil Organização Não-Governamental/ONG – Prevenir, testar e tratar o HIV/aids e as IST. Defender direitos humanos, pessoas LGBTQIAP+ e saúde pública. É isso que nos move. Vem com a gente! Além disso, a AHF Brasil teve participação destacada na 27ª Parada do Orgulho LGBTI de São Paulo (foto), a maior do mundo, com reforço de mensagens de prevenção, conhecimento sobre o HIV/Aids e outras IST, além de advocacy para direitos humanos e redução de estigma das populações prioritárias. Em 11/6 (domingo),  foi dia de celebração na av. Paulista junto com a multidão para festejar a diversidade sexual e reafirmar a importância das políticas públicas para a população LGBT+. Queremos direitos por inteiro e não pela metade!'
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