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‘A arte é a minha identidade, minha profissão, minha missão’

Geralda Maria Neves Coelho Nascimento é artista plástica, graduada em Artes Visuais. Trabalha com artesanato há 28 anos ensinando e produzindo pintura em tecido, tela, vidros e outros materiais, crochês, bordados, acessórios, costura criativa e peças decorativas.
 
A artista se dedica ainda a aulas particulares para todas as idades e tem na música o seu “cantinho da felicidade”. Confira a seguir o depoimento dela publicado na coluna Arte & Cultura, editada por Ademar Figueiredo nesta FOLHA.
 
Como a arte entrou em sua vida?
 
Geralda – Na infância, eu observava minha mãe alvejando panos de maneira bem artesanal e usando folhas da planta São Caetano: preparava esse tecido e me ensinava a bordar e o acabamento em crochê. Fazíamos colchas para cama, e isto me incentivou a produzir o artesanato desde os 13 anos. Hoje a arte é minha fonte de renda.
 
Especificamente, como a pintura chegou até a você?
 
Geralda – Na pintura em tecido, tive meu primeiro contato também na infância. Com muitas dificuldades financeiras, minha mãe pagou aulas para mim. Já adulta, me deslumbrei ao ver uma senhora pintando em tela. Comprei alguns tubos de tinta a óleo e pintei minha primeira tela em uma prancha de Eucatex. Percebi minha aptidão e decidi me dedicar. Participei de várias exposições realizadas pelas Secretarias de Cultura de Ponte Nova e de Rio Doce.
 
Como foi a sua passagem pela Pastoral Operária da Igreja Católica?
 
Geralda – Minha vivência foi como professora de artesanato e datilografia. A Prefeitura de Ponte Nova, em parceria com a igreja Católica, me disponibilizou para assumir esse projeto, que se realizava na Igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro de Fátima, com meninas de 8 a 16 anos. Também ensinava como preparar o alimento que seria o lanche. Foi minha primeira experiência, me preparando para atuar em outros projetos.
 
Comente um pouco sobre a sua experiência no Centro de Referência da Assistência Social/CRAS.
 
Geralda – Trabalhei no CRAS de Ponte Nova durante maravilhosos 11 anos. Um aprendizado que trago para a vida de compartilhar alegrias e tristezas com as mulheres guerreiras assistidas pela entidade. Nossa inesquecível equipe de monitores e coordenação, uma grande família. Tive ainda o privilégio de trabalhar ministrando aulas no Asilo Municipal e em projetos como o Peti e o Recriança.
 
Vamos falar da música em sua vida? 
 
Geralda – Participava todos os dias das coroações do Mês de Maria para cantar. Meu pai me presenteou com um violão aos 20 anos, mas o gosto por cantar falou mais alto, cantando em casamentos, restaurantes e musicais realizados pela Secretaria de Cultura de Ponte Nova.
 
Um marco em minha vivência musical foi defender o samba-enredo da Escola de Samba Falcões da Vila Oliveira e vencer o Carnaval daquele ano. A letra do samba era de dona Hilka Pires. Outro evento marcante foi cantar acompanhada pelo músico José Carlos Daniel no Restaurante Casarão, interpretando canções de João Bosco Mucci com ele presente. A emoção foi demais! Hoje me aventuro em tocar o ukulelê.
 
Em recente entrevista para a TV Educar, você disse: “O que me move é a arte.” Fale um pouco a respeito.
 
Geralda – A arte move minha alma. A arte é o meu silêncio, minha fuga, minha felicidade e minha realização. A arte me impulsiona a vida, é o meu fluido vital. Ela me cura de mim. A arte é a minha identidade, minha profissão, minha missão. 
 
Como você tem lidado com a pandemia?
 
Geralda – Nesta pandemia, a arte é o alimento para a alma. Tenho ministrado aulas particulares em casas dos alunos. Trabalhando no CRAS, ministrava aulas on-line. Ocupar a mente fazendo o que é belo nos faz um bem enorme. Estou produzindo e vendendo meu artesanato. Fazendo mais cursos.  Mas é um momento de refletir, de se perguntar: o que a pandemia veio me ensinar? A mim veio ensinar a me cuidar para cuidar do próximo. A repensar meus valores. Firmar a minha fé.
 
Planos para o futuro?
 
Geralda – Desejo saúde, paz e prosperidade para o mundo. E quero fazer  pós-graduação em Arteterapia e me dedicar mais à profissão que amo. Levar a arte para o maior número possível de pessoas. Conquistando mais alunos para que possam sentir o mesmo prazer que a arte me proporciona. 
 
Nota do colunista – Para conhecer mais sobre o trabalho de Geralda, basta visitar suas redes sociais: @expressãodaarteatelie.
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