A música realmente tem o poder de impactar as pessoas, sendo ouvinte ou participando de uma corporação musical, como é o caso do jovem músico Werbet Ítalo Melo Wendt. Ele teve a sua iniciação musical como percussionista na Sociedade Musical Gloriense, de Caranaíba/MG, e depois na Banda Santa Cecília, de Carandaí/MG, ficando nesta corporação até retornar a Ponte Nova e ingressar da Corporação Musical Santíssima Trindade.
“Minha paixão por música começou em 2010. Passei inicialmente pelas bandas de Caranaíba e Carandaí. Ainda em Caranaíba, tive contato com o instrumento sousafone. Uma curiosidade é que os meninos da minha idade não tinham interesse por esse instrumento só queriam tocar trombone ou saxofone”, disse ele para continuar:
"Eu me apaixonei pelo instrumento e fui estudar sobre ele. O sousafone é um instrumento de sopro da família dos metais. Trata-se de uma tuba especial, que o executante apoia no ombro, para que possa executá-la enquanto anda ou marcha. É o maior dos instrumentos de sopro e foi idealizado por John Philip Sousa, compositor dos Estados Unidos, considerado o Rei das Marchas. Daí o nome sousafone."
Werbet se lembra que, em Carandaí, foi recebido pelo maestro Antônio Carlos da Costa Vieira (Dequinha). “Nessa Corporação, além de músico/sousafonista, ajudei na conservação dos instrumentos, na organização da banda e na comunicação com os outros músicos”, assim ele resume a sua história.
Em 2016, já em Ponte Nova, ao receber uma correspondência, teve uma grata surpresa. Relembra o texto da carta:
“Carandaí, 16 de outubro de 2016. Ao amigo Ítalo estou enviando a partitura de um dobrado que dediquei a você. Não é uma obra virtuosa porém fiz com muito amor, uma maneira de reconhecer o seu carinho pela forma com que você conviveu conosco em Carandaí. Espero que você fique feliz e, quando tocar este dobrado, lembre-se de nós, da Corporação Musical Santa Cecília, pois você soube construir uma grande amizade com todos os componentes.”
Segundo Werbet, o dobrado se chama "Souzafonista Ítalo" (padre): “Eles achavam difícil pronunciar o meu nome e nessa época eu estava no Seminário de Mariana/Unidade de Barbacena: por isso me tratavam como padre. Nas horas livres, me dedicava à banda. Hoje me orgulho de ter um dobrado com o meu nome executado pela Banda Santíssima Trindade.” Continuando, diz o músico:
“A música entrou em minha vida por meio de incentivos de amigos e curiosidade sobre bandas. Espero com este depoimento atingir outros jovens e que eles possam vir a se interessar pela boa música.”
Werbet deu este depoimento a Ademar Figueiredo, da coluna
Arte & Cultura, desta FOLHA.