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Festas religiosas movimentam turismo em Ponte Nova e região

O louvor à Santíssima Trindade movimentou o bairro do Triângulo. Teve festa na Capela Santo Antônio e Novena de São João no Macuco.

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‘Apoio à luta antirracista para transformar a sociedade’

Na semana passada, visando marcar a Semana da Consciência Negra, o Frigorífico Saudali divulgou vídeo com o depoimento de Márcia Messias de Castro, integrante e fundadora do Grupo Afro Ganga Zumba/GAGZ, em cuja sede, no bairro de Fátima/Ponte Nova, ela coordena aulas de dança afro.

O depoimento teve como fundo musical o canto à capela da presidente Efigênia de Castro da Gama Catarino, que já presidiu o Conselho Municipal da Igualdade Racial. O segundo motivo da produção visual foi a lembrança dos recém-concluídos 32 anos de fundação do GAGZ. Enfatiza Márcia: “O grupo foi fundado em 1988 para protestar contra o centenário da Abolição da Escravatura, que na prática marginalizou o ex-escravo.”

Diz o texto do Saudali na apresentação do depoimento, que está em nossa edição impressa de 4/12: “Negro é história, cultura, gastronomia. Negro é atitude, empoderamento. É voz que precisa ser ouvida e respeitada. Quem apoia a luta antirracista também está transformando a sociedade.”

Nesta mesma edição, entrevistamos o casal José Eustáquio dos Santos (Taquinho) e Rosângela Aparecida Lisboa Santos, que mora também no bairro de Fátima, integra o Ganga Zumba e, a partir do seu endereço, o chamado “Quilombo Lisboa”, tem trajetória de engajamento no resgate da cultura negra e da cidadania para afrodescendentes.

 “Nós, negros, mesmo com uma boa formação, não temos o mesmo valor que outras pessoas que atuam na mesma área. A minimização do racismo e da desigualdade se dá a partir do conhecimento e da valorização da cultura afrodescendente”, arremata Taquinho em tom de desabafo, em texto dividido com Rosângela:

“Nós ainda nos sentimos de mão acorrentadas, mas seguimos na esperança da empatia do crescimento sociocultural do povo, na busca do empoderamento e no resgate da autoestima. Desejamos que mais e mais pessoas mergulhem no conhecimento da origem e ancestralidade do povo negro e nas matrizes da cultura e da força africanas.”

Beatificação de padre negro

Ainda na edição de 4/12 desta FOLHA, registramos a Novena de Nossa Senhora das Graças em Rio Casca, que neste ano retomou a campanha de beatificação de padre Antônio Ribeiro Pinto (*1879 e +1963). Ele teve trajetória regional e, com sua devoção, protagonizou um sem número de curas atribuídas à fé na medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças.

Filho da escrava Fábia Maria de Jesus, ele nasceu em Rio Piracicaba, morou em Alvinópolis, entrou para o Seminário de Mariana e iniciou o sacerdócio em Abre Campo. Depois trabalhou em Rio Casca e Ipanema, permanecendo mais tempo em Santo Antônio do Grama (1921/1947), com passagem pelo distrito do Grota/Jequeri. Aos 68 anos, assumiu a Paróquia de Urucânia e em 1963 morreu no Hospital de Nossa Senhora das Dores, em Ponte Nova.

 

 

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