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Nº 1.868 – 20 de Junho de 2025

InícioCULTURA‘Observava os DJ´s tocando em shows e ficava me imaginando ali’

‘Observava os DJ´s tocando em shows e ficava me imaginando ali’

O texto abaixo pertence à coluna Arte & Cultura, de Ademar Figueiredo na FOLHA, publicada em nossa edição impressa desta sexta-feira (8/10).
 
O DJ Edney Erasmo é certamente um dos artistas mais conhecidos de Ponte Nova, destacando-se tanto em shows maiores quanto em eventos fechados, particulares, como festas de casamento.
 
Ao acompanhar o “Papo de Batera” (programa de Edinho Souza no Instagram), vimos o DJ contar um pouco da sua caminhada (pensava em dançar em algum grupo de funk), principalmente no início dos anos 2000, quando a cena funk em Ponte Nova explodiu acompanhando o fenômeno nacional.
 
Entramos em contato para trazer um pouco dessas informações aos nossos leitores. Edney é pontenovense, filho de Beijamar José da Silva (uma das pessoas mais sorridentes que conheço: nota deste colunista) e Isabel Expedito da Silva (falecida).
 
Inicialmente, exerceu a profissão de mecânico, retificador de motores, vendedor e atualmente é operador de controle-mestre na TV Educar, além de DJ, claro! Vamos ao bate-papo.
 
Da dança para a música: como foi esta história?
 
Edney – Na dança, a trajetória foi curta, era mais curtição, coisas da idade. Já a música sempre foi minha paixão. Toquei na Corporação Musical União 7 de Setembro por mais de 10 anos,  com o maestro Juquita (José França da Paixão). Na fase adulta, veio a grande paixão. Observava os DJ´s tocando em shows e ficava me imaginando ali. Mais tarde, a realização de também ser um deles.
 
Como era o cenário cultural para DJ´s quando você começou?
 
Edney – Não tínhamos muita credibilidade, e adquirir equipamentos era quase impossível, muito caros. Mesmo assim, nunca desisti!
 
Fale para nossos leitores sobre a cena funk pontenovense nos anos 2000.
 
Edney – Havia rivalidades, porém saudáveis, que eram resolvidas com disputas de dança entre grupos e bairros.
 
Quais grupos foram destaques naquela época e como eram recebidos pelo público?
 
Edney – Começando pelo meu bairro, o Primeiro de Maio: Família Beyço e Fofuchas Beyço. Nos demais, vinham Os Tigrões, Cardápio do Amor, Predadores, Kafofo, Os Feras, Swing do Funk, Os Vilões, Carrascos e Caçadores, entre outros. Tínhamos também os grupos femininos: As Danadas, As Huanitas, As Fênix, As Tigresas, As Sedutoras e As Caçadoras.
 
Como é ser DJ hoje?
 
Edney – Já esteve mais fácil, pois hoje tenho equipamentos e nome na cidade. No cenário atual pandêmico, vieram, porém, novamente as dificuldades, quando, a princípio, a profissão de DJ e tudo relacionado a ela foram a zero. Agora, aos poucos e com todo o procedimento de segurança, estamos voltando.
 
Quais seus planos para o futuro?
 
Edney – Continuar levando alegria e realizações aos que me contratam e também já treinando um sucessor (porque a idade chega né… kkk), com este também respeitando os contratantes como eu. Afinal de contas, ser DJ não é só chegar e tocar: sempre existe regra a ser seguida, como, por exemplo, entender muito bem o clima da festa e o que espera quem nos contratou. Quando entramos em cena, temos que fazer o nosso melhor, pois o “clima” da festa está em nossas mãos.
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