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Gripe em Ponte Nova: imunizados 46,55% da população-alvo

Ponte Nova está acima da média nacional de vacinação (38,43%). A meta da campanha federal, todavia, é imunizar 95% do público-alvo.
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‘Ponte Nova me presenteou com um sol e duas estrelas’

 Prezado(a) leitor(a), confira nosso papo com a professora e escritora Miracy Ferreira do Nascimento Real.
 
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Ela acaba de lançar seu primeiro livro: “Gato preto em sete fatos”. Ilustrado pelo artista plástico Ayrton Pyrtz, tem como cenário a enchente de 2008 em Ponte Nova, aliás uma grande enchente.
 
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Por ofício de seu pai, Milton do Nascimento, que era ferroviário, ela nasceu na cidade de Augusto de Lima, no norte de MG. O elo com Ponte Nova foi constante com passeios e férias. Só sossegou aqui depois que se casou.
 
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O primeiro fato literariamente falando, que a marcou, foi um concurso de poesia que ganhou  aos 6 ou 7 anos de idade, na Escola Estadual/EE Senador Antônio Martins, onde estudou. Há um tempo, a professora Eliana Carvalho achou um jornal da EE Senador Antônio Martins em que aparece esse  poema premiado.
 
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Ela foi alfabetizada aos 5 anos pelo  seu pai. A herança do gosto pela leitura é uma marca registrada deixada por seus pais, Milton e Marolina Ferreira do Nascimento. Morando em Acaiaca, onde seu  pai trabalhava naquela época, recebeu de presente uma coleção maravilhosa, parecendo uma mala cheia de livros coloridos, os clássicos. E ali ela realmente começou  a ler e não parou mais. Ela tem um orgulho danado de suas filhas Isabella e Fernanda, que a puxaram. “A Fernanda, então, lê demais e escreve muito bem”, diz a escritora.
 
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Outro fato que a deixou muito feliz e que pouca gente ficou sabendo foi um prêmio que recebeu  em 2012 em um projeto do Instituto Eco Futuro. Ela concorreu com 4.500 textos de todo o Brasil  e foi selecionada entre os 10 que escreveram sobre o tema “Cuidar da Vida – Eu cuido, logo existo, como seria isso através da leitura? Ler e escrever é preciso”. Esse resultado a marcou bastante e a incentivou: “Não deve estar tudo ruim, assim tá bom”, comenta sorrindo.
 
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 Ela está com 3 livros em produção. “Ponte Nova versos postais” é sobre Ponte Nova, devido à herança do seu pai e do amor dele por Ponte Nova. Explica Miracy: “Cada poema terá uma foto do Marcelo Reale e o João Mattos vai me ajudar também. O outro – ‘Somos todos vizinhos’ – foi incentivado pela escritora Laene Mucci. Um terceiro é bem intimista mesmo. É um livro que escrevi no período da pandemia mostrando tudo o que eu senti e escrevi  nesse período: poemas, crônicas… tudo o que escrevi mostra o contexto da pandemia.”
 
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Destaca sua presença na fundação da Academia de Letras, Ciências e Artes de Ponte Nova/Alepon em 1994, junto a outros 19 escritores e artistas. Ainda sobre a Alepon Miracy faz questão de registrar a realização da Primeira Bienal do Livro, junto principalmente com a escritora e acadêmica  Ludovina Pires, e a visita do cônsul de Portugal  em Belo Horizonte, Silvino Ferreira Leite, no evento  “Brasil 500 Anos”. Outro momento marcante foi o lançamento do primeiro volume de “A História da Literatura de Ponte Nova”, uma obra de grande repercussão, que contou com seu trabalho e o dos acadêmicos Marisa Godoy e Luciano Sheikk.
 
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Sua família é a maior fonte de incentivo, pois acha até que ela deveria se arriscar mais no mundo literário. Ela frisa que, além da herança dos pais e familiares, Ponte Nova a presenteou com um sol, Fernando, seu marido, e duas estrelas, Isabella e Fernanda, suas filhas. Lília Araújo Nascimento, sua cunhada, sempre brinca com ela a este respeito. 
 
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Ela continua: “A coisa que eu mais amei na vida foi ensinar e comecei no Estadual, trabalhei no Bias Fortes e no Cesec Vera Parentoni, todas escolas públicas, e nas particulares Colégio Equipe e Instituto Montessori, onde fui a primeira presidente da Cooperativa do Montessori. Trabalhei ainda na Superintendência Regional de Ensino.”
 
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A escritora cita como um fato muito importante o trabalho pelo MovPaz. “Foi um trabalho maravilhoso, foram 4 anos ensinando, foi um sucesso, eu trabalhava o desenvolvimento da leitura com os meninos, o desenvolvimento da escrita, fazia pecinhas de teatro com eles: criavam música, faziam poemas, criavam muito rap… A Lindaura Primavera foi uma grande companheira que eu tive lá.”
 
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Para encerrar, Miracy destaca: “Encontrei aconchego em Ponte Nova por parte da mídia. A FOLHA DE PONTE NOVA é uma companheirona, sempre acompanhando tudo o que a gente faz na cultura. Muito importante ter estes espaços. Ponte Nova é uma cidade que tem um fundamento histórico muito grande e poderia ser uma cidade muito, muito mais rica, explorando ainda mais seu potencial cultural.”
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