Nascida em Ponte Nova, em 16/11/1928, Laene Mucci lidou com a arte desde os 8 anos, com textos de poesia e teatro. Ela morreu na noite de quinta-feira (14/9). Sua filha, Laene Daniel, registrou o óbito nas redes sociais com esta mensagem: “Mãe se foi. A luz da cidade piscou [numa referência ao ‘apagão’ das 22h40] para se despedir e ela se foi, tranquila.”
Laene atuou, na juventude, na Rádio Ponte Nova, como educadora lecionou Português e Francês, além de escrever e dirigir peças de teatro, teatro-revista, jograis e monólogos. Na década de 1940, criou desfiles para o bloco carnavalesco “Tampinha” e escreveu e dirigiu o teatro-revista “Show da Turma da Tampinha”, no Cine Vitória.

Tornaram-se célebres os seus poemas temáticos, alguns imortalizados, como os dos centenários de Ponte Nova, da Escola Nossa Senhora Auxiliadora e do bairro de Palmeiras. Foram delas iniciativas como a da I Exposição Folclórica de Ponte Nova (no início dos anos 1970) e, em seguida, o Debate Literário sobre a Autoria das Cartas Chilenas. Em 1978 e 1980, promoveu dois concorridos Festivais de Declamação.
Seu primeiro livro editado foi “Canção de Maria do Piauí”, de 1976. Ao longo dos anos seguintes e até data recente, editou mais de 70 livros, alguns com tiragens limitadas e diagramados e encadernados, em sua maioria, em seu computador e oficina gráfica.
Ela recebeu muitas homenagens, as mais recentes em escolas de Ponte Nova. Destaque para a Medalha de Honra ao Mérito da Educação, do Governo/MG, e a Comenda Milton Campos, do Judiciário/PN. Em julho passado, ela recebeu a última homenagem, em sessão solene da Academia de Letras, Ciências e Artes de Ponte Nova/Alepon.