A solenidade de posse da nova Diretoria da Academia de Letras, Ciências de Artes de Ponte Nova/Alepon levou cerca de cem pessoas à Sede Social do EC Palmeirense na noite de 25/11. Na agenda, discursos e homenagem aos 150 anos de Ponte Nova (comemorados em 30/10).
Artista plástico, fotógrafo, empresário (Sinhá Flores) e editor da coluna Arte & Cultura, nesta FOLHA, Ademar substituiu o escritor, professor e ex-secretário de Cultura e Turismo/PN, Gilson José de Oliveira.
Ao se despedir, Gilson refletiu sobre a importância da arte e da literatura na formação do “capital social”, projetou novas conquistas para a entidade e citou “Caçador de Mim”, de Milton Nascimento (“Nada a temer/Senão o correr da luta/Nada a fazer/Senão esquecer o medo), sugerindo ênfase no verbo “temer”, numa referência ao presidente da República, Michel Temer (PMDB).
Gilson ainda entregou placa de gratidão ao prefeito Guto Malta/PT. Este exaltou a Academia, que chega aos seus 22 anos “com a bandeira da exaltação dos talentos da terra”. Postura similar teve o orador da Academia, José Camilo Filho, que dedicou o empenho atual da entidade à memória dos pioneiros, tendo à frente o saudoso Kléber Rocha.
Duas das principais metas externadas por Ademar foram estas: avançar no projeto multimídia da Academia (que já tem o seu site) e colocar em prática o "Projeto Alepon Júnior", de incentivo à arte e à cultura principalmente nos estabelecimentos de ensino. De imediato, ele recebeu apoio no discurso de Angélica Carvalho Domingos, supervisora pedagógica da EM Dr. Otávio Soares/Centro Histórico.
O novo presidente ainda destacou a sequência – ao lado de sua vice,Wilma Quintiliano – de apoio às produções literárias, exemplificando com o livro “Pesquisa Histórica da Literatura de Ponte Nova – Volume 2”, autografado em 16/11 – e na posse da Alepon – por Luciano Sheikk.
Sheikk fez denso pronunciamento sobre a relevância da produção literária em PN – resumida no livro – entre 1866 (ano de circulação do 1º jornal, O Rio Doce) e meados do século XX. E convidou para o a "Exposição Memória de Ponte Nova", que será aberta nesta terça (29/11), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil/OAB, no Centro Histórico.
Pela OAB, discursou a presidente Glorinha Cunha, antecedida pelo juiz Áderson Antônio de Paulo. Nos dois casos, mais exaltação à Academia e à importância da entidade na história dos últimos 20 anos, em Ponte Nova.
A solenidade teve diversas manifestações artísticas. Enquanto transcorriam as atrações e discursos, o artista plástico Ayrton Pyrtz pintou duas telas com temas alusivos à solenidade. Numa das laterais do salão, arte com fitas de cetim, assinadas por Carmem Lourenço. Nas atrações musicais, solo de Júlio Valadares e interpretação do Hino da Alepon, a cargo de José Camilo e Wilza Mayrink.
A convite do presidente Ademar, Catarina Fois declamou o poema “Poetas Populares”, de Antônio Vieira. Estas acadêmicas declamaram poemas em louvor a Ponte Nova: Elizabeth Iacomini, Lindaura Primavera e Wilza Mayrink.