
"O escritor Luciano Sheikk muito gentilmente nos enviou um exemplar de novo livro com a sua participação – Ideias de um camafeu rústico – Deolinda Cardoso." É o que informou Ademar Figueiredo em sua coluna Arte & Cultura para destacar: "Este nome era o mesmo nome da coluna da escritora no Jornal Diário Mercantil, de Juiz de Fora, na década de 1950."
Ela é portuguesa (nasceu em 1874) e viveu por muitos anos na cidade de São Geraldo, vindo a falecer em Juiz de Fora, onde morava, em 1959. Seus textos estavam presentes não só em jornais mineiros (Diário Mercantil/JF e O Município/Ponte Nova), mas também em publicações nacionais (Jornal do Brasil, Jornal do Povo, Correio da Manhã, O Paiz e O Jornal).
O livro conta com apresentação de Marisa Timponi, professora de Literatura Brasileira, escritora, pesquisadora da História Literária de Juiz de Fora e membro da Academia Juizforana de Letras, que de imediato já nos dá uma ideia da importância de Deolinda Cardoso para a nossa história literária: “Quase um século escrevendo, pois nasceu em 1874 (século 19) e faleceu em 1959 (ainda no século 20), mas com ideias feministas e espírito combativo que alcançam nosso século, plenas de literariedade, chegando a fazer crônicas, contos e poemas.”
Sobre a obra, Sheikk nos disse:
“Pesquisando para a História da Literatura em Ponte Nova, descobri crônicas de Deolinda Cardoso publicadas no jornal O Município, nos anos de 1911 a 1916. Depois no Jornal do Povo, nos anos de 1933 a 1937.
Em seus textos, revelou que morou em Ponte Nova e São Gerado. Tentei encontrar alguém que tivesse alguma referência dela, mas só fui encontrar na internet um sobrinha-neta dela, Regina Motta, nascida e criada em São Geraldo, mas há muitos anos residente em Juiz de Fora, assim como ocorreu com Deolinda.
Aí veio a questão: como fazer o contato com a Regina? Lembrei-me da confreira Catarina Fois, da Academia de Letras, Ciências e Artes de Ponte Nova/Alepon, são-geraldense radicada em Ponte Nova. Prontamente a acadêmica me colocou em contato com a Regina para iniciarmos um projeto de resgatar as preciosas prosas da Deolinda Cardoso.
Regina pesquisou nos jornais de Juiz de Fora, principalmente, e eu pesquisei nos de Ponte Nova. Aí fomos conversando, pesquisando, revisando conteúdo, capa… E aí está a obra pronta e lançada em plena pandemia da Covid-19. Uma obra a 6 mãos: Deolinda Cardoso, Regina Motta e Luciano Sheikk.”
Um primoroso trabalho de pesquisa em mais de 400 páginas, editado pela Alva Editora, de Juiz de Fora. Vendas através do site www.lucianosheikk.com.br.