No início da manhã de ontem, quinta (27/6), caminhão com carga de produtos alimentícios saiu da pista da MG-262, bem na cabeceira de uma ponte, e caiu no rio Gualaxo. O motorista – ferido e preso às ferragens – quase morreu afogado. Resgatado pelos bombeiros de Ouro Preto, foi levado no Helicóptero Arcanjo/Corpo de Bombeiros ao Pronto-Socorro do Hospital João XXIII/BH.
No fechamento desta edição, a cena repercutia nas redes sociais e na imprensa com uma constatação: acidentes com caminhões sucedem-se naquele local, a despeito do reforço na sinalização, sugerindo falha mecânica dos veículos ou imprudência dos condutores.
Também na vias de Ponte Nova e a despeito da sinalização, ocorrem seguidas colisões e abalroamentos, a maioria envolvendo motociclistas, mas nem sempre os motociclistas são os causadores das batidas, como evidencia a notícia (leia aqui) que motivou a nossa manchete principal.
Reconheçamos, no entanto, que as motos protagonizam a maioria dos acidentes, via de regra pelo desrespeito de seus condutores aos sinais e aos limites de velocidade. Há também os chamados veículos pesados, centro das atenções em 24/6 (segunda-feira):
– O condutor de uma carreta desrespeitou as placas de proibição de tráfego na av. Francisco Vieira Martins (alto do Pau d’Alho) e seu veículo teve problema mecânico causador do que chamamos de “nó no trânsito”.
– Outra carreta se envolveu em colisão com carro na av. Abdalla Felício, próximo do Posto Rio Doce, num trecho de acesso ao bairro Santa Tereza e à MGC-120.
– Numa lateral da praça de Palmeiras, no cruzamento das avenidas Francisco Vieira Martins e Dr. Otávio Soares (outro local crítico), choque lateral entre carro e carreta foi seguido de congestionamento.
Fatores culturais de comportamento dos condutores em geral, limitações do transporte público (para substituir a circulação de carros) e a falta de investimentos no planejamento do setor explicam (em parte) o caos nosso de cada dia.
Em nosso caso, existe ainda a falta de duas alças no Anel Rodoviário para tirar, do eixo Centro/Palmeiras (e adjacências), o tráfego de motos, carros, ônibus e carretas que estão aqui de passagem.