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Ilustradora de nossa região presente na Bienal do Livro RJ 2025

Na Bienal do Livro, haverá lançamento da obra “Uma vida bordada em palavras”, ilustrada por Luísa Viveiros, artista radicada em Ponte Nova.
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Aprofundamento da desigualdade

 Nesta semana, o Sindicato dos Bancários de Ponte Nova divulgou esta constatação da Rede Brasil Atual: contribuintes que declararam em 2021 ganhos acima de 160 salários mínimos pagaram em média alíquota de Imposto de Renda/IR abaixo de 5,5%. Menos do que professores de Ensino Fundamental (8,1%), enfermeiros (8,8%), bancários (8,6%), assistentes sociais (8,8%), policiais militares (8,9%) e médicos (9,4%).
 
A revelação está no relatório do Sindifisco/Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal, a partir de dados do IR/Pessoa Física de 2022. Na análise, o principal motivo da alíquota menor para os mais ricos é este: parcela de sua renda vem dos lucros e dividendos [isentos de tributação] das suas empresas. 
 
Há também o caso de profissionais liberais e donos de empresas que, tendo regime especial de tributação, pagam alíquotas menores sobre os lucros. Já a parcela dos ganhos provenientes de salários é tributada na fonte.
 
Na rotina, como sublinha o relatório, os mais pobres ganham menos e pagam mais IR. O aprofundamento da desigualdade é evidente ainda na análise dos números do IR da Pessoa Física/IRPF divulgados pela Receita Federal em junho e registrados na imprensa diária.
 
Em 2021, a renda total declarada no país foi de R$ 4,2 trilhões, num aumento expressivo na comparação com 2020 (R$ 3,4 trilhões). A elevação dos valores nos cofres públicos, porém, se deu em contexto de maior concentração.
 
O total da renda de quem recebe até 20 salários mínimos caiu de 56% para 54,5%. Já a dos mais ricos passou de 44% para 45,5%, como informou o Portal G1. No período, constatou-se que os rendimentos isentos e não tributáveis aumentaram de 32% para 36%.
 
Os dados ajudam a compreender o debate nacional sobre projeto do Governo Federal pretendendo tributar ganhos dos grupos de renda maior para aumentar a arrecadação e o custeio de projetos sociais.
 
Por outro lado, segundo diversos economistas, embora a solução encontrada pelo Governo auxilie os mais pobres, não se configura ainda maior justiça fiscal, numa realidade a ser conferida no novo cenário de tributações.
 
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